Joyce DiDonato e “Eden” - Sementes de esperança em um mundo arruinado. (Barry Millington - Barbican)
27/04/2022 22h00
Ouça 'O Que Há de Novo' na íntegra:
A mezzo-soprano norte-americana joyce didonato concebe e realiza com extremo cuidado cada um de seus projetos artísticos. Aos 53 anos, evita os álbuns óbvios dedicados a este ou àquele compositor. “Eden”, lançado pela erato em 25 de fevereiro passado, é sensacional pela concepção – e também pela visão inclusiva da música. Imaginem que, sempre acompanhada pelo fabuloso Il Pomo D’oro, em instrumentos de época, Joyce começa cantando “the unanswered question”, de Charles Ives. Em seguida passa de Mahler ao barroco Marini, dá uma parada em Aaron Copland, retorna ao barroco com Cavalli, encadeia Gluck e Haendel antes de mergulhar na intensamente dramática “ich bin der welt”, eu me despeço do mundo, de Gustav Mahler sobre versos de Rückert.E antes que você se refaça do Mahler especialíssimo Joyce engata “dores”, a quarta das canções que Riichard Wagner compôs para Mathilde Wesendonck.
REDES SOCIAIS