Frank Dupree “artista sincero, sentimental e extremamente interessante” (Emanuel Ax)
04/05/2022 18h00
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Frank Dupree parece ser alemão, pois estudou lá desde criança e transita pela vida musical alemã nas duas últimas décadas com tranquilidade e destaque. Começou na música como percussionista. Trabalhou com compositores contemporâneos como Peter Eotvos; foi assistente de maestros como Simon Ratlle, François-Xavier Roth e Mario Venzago Dupree há pouco tempo, solou o concerto nº 4 para piano e orquestra de Nikolai Kapustin, o notável compositor russo que foi capaz de fazer o impossível: compor como quem improvisa. Mas ele mesmo fez questão de dizer que não era nem nunca foi um músico de jazz. Sua formação foi clássica. Kapustin morreu em setembro de 2020, durante a pandemia mas não de covid-19. Sua morte parece tê-lo tirado do esquecimento. Dupree foi um destes músicos. “Kapustin”, diz Frank Dupree, “usa o jazz como sua linguagem musical e compõe quase-improvisos que soam como se tivessem saído diretamente dos dedos de Oscar Peterson ou Erroll Garner. Ele é um dos raros que conseguiam manter as estruturas da composição e a liberdade do improviso caminharem juntas como um todo orgânico”.Dupree acaba de lançar o álbum “Blueprint”. Ele esclarece: “as peças do mestre para piano solo são tocadas exatamente como foram escritas, enquanto o contrabaixista Jakob Kurpp e o baterista Obi Jenne improvisam”
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