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Neste programa vamos comemorar os cem anos da estreia de “Rhapsody in Blue”, de George Gershwin. Uma das obras orquestrais mais famosas e populares do último século que frequenta tanto as salas de concerto quanto as jam sessions mundo afora.

Não há quem não se comova diante das melodias e temas que Gershwin fazendo dela uma enorme suíte de danças bem à maneira do século 18, só que tecida com as ferramentas da música de concerto e alimentadas com a riqueza da música negra norte-americana.

Na estreia, dia 12 de fevereiro de 1924, no Aeolian Hall, em Nova York, o próprio compositor tocou a parte do piano solista, acompanhado pela Palais Real Orchestra de Paul Whiteman.

Leonard Bernstein, que fez muito sucesso solando a Rhapsody, desferiu um potente ataque à obra em seu livro The joy of music”, de 1959 e escreveu:  “Rhapsody in Blue não é uma composição de verdade, no sentido de que tudo que acontece nela parece inevitável, ou melhor, é até bonita deste jeito".

Você pode cortar qualquer parte sem afetar o todo. Você pode mudar de lugar as seções, cortar uma ou mais, acrescentar cadências, tocá-la com qualquer combinação de instrumentos ou no piano solo; ela pode ter 5, 6, 12. E na realidade costuma-se fazer isso diariamente, sendo ela ainda a Rhapsody in blue”

Apresentação: João Marcos Coelho
Produção: Sonia Maria de Lutiis
Estagio em Produção: Cleison Belarmino