Pós-pandemia: “As pessoas terão muitas festas e a tendência é comer mais”

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Uma pesquisa feita pelo IBGE mostrou que entre 2003 e 2019, o número de obesos no Brasil aumentou de 12,2% para 26,8%. Para entender como cuidar desta doença que é vista por muitos como apenas excesso de peso, Sergei Cobra conversou com a nutróloga e coordenadora da ONG Obesidade Brasil Andrea Pereira.

Segundo Andrea, a pandemia trouxe um reflexo grande no aumento de obesidade no país. Embora os números de pessoas obesas no pós-pandemia ainda não estejam atualizados, ela diz que muitos pacientes pararam de tratar da doença durante a época de isolamento. O que preocupa agora é a volta ao novo normal: “Porque as pessoas terão muitas festas e comemoração, e a tendência é comer mais”, explica.

“É lógico que a obesidade não é causada por comer mais”, explica a coordenadora da ong. Ela conta que existem multifatores que fazem uma pessoa chegar a obesidade. Como por exemplo o estresse, os maus hábitos alimentares e o avanço da tecnologia, que fizeram as pessoas ficarem mais sedentárias. “O que acontece é que em frente à TV e o computador a gente come 30% a mais.”

A nutróloga ainda diz que a cirurgia bariátrica é o melhor tratamento para a obesidade grave. Com um risco igual de uma cesárea e um alto nível de preconceito com a cirurgia, ela revela que mesmo assim o brasil é o segundo país no mundo que mais faz bariátrica. “Lembrando que a obesidade é uma doença crônica, ela não tem cura”, reforça.

O programa "Oito em Ponto", com apresentação de Sergei Cobra, vai ao ar pelo 103.3 FM, de segunda a sexta-feira, às 8h da manhã, na Cultura FM, Cultura Brasil e no aplicativo Cultura Digital.

*Estagiário sob supervisão da profissional habilitada Letycia Holanda - MTB: 63024/SP