Não temos todo o tempo do mundo: nossa existência é efêmera

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Na data de hoje, 22, é celebrada a Quarta-feira de Cinzas. Muito mais que o momento que marca o fim do Carnaval, a oportunidade é, para os religiosos, o início da Quaresma, que antecede a Páscoa cristã. Para falar sobre isso, Sergei Cobra recebe o reverendo Aldo Quintão, da Catedral Anglicana de São Paulo.

O líder religioso explica: “Se nós entendêssemos a nossa finitude, nós seríamos mais caridosos, generosos e bondosos. Na reta final da existência, as pessoas costumam dizer ‘eu deveria ter vivido mais a vida, deveria ter me divertido mais, ter ajudado mais’. Então, o cristianismo criou a Quarta-feira de Cinzas a partir de uma interpretação do livro de Gênesis, que diz ‘Lembra-te que tu és pó, e ao pó retornarás’”.

Quintão critica o que classifica como “ditadura da religião” e tece críticas a padres e pastores que ameaçam fiéis com supostas punições pós-morte. Refletindo sobre a efemeridade do tempo, ele aproveita para deixar um conselho ao ouvinte: “Se você tem que dizer que ama, diga hoje. Se tem que pedir perdão, peça hoje. Se tem que fazer algo, faça hoje. O ontem já foi e o amanhã pode não chegar, e a Quaresma e a Quarta-feira de Cinzas nos lembram disso”.

O programa “8 em Ponto”, com apresentação de Sergei Cobra, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e 77.9 FM estendida. Também na Rádio Cultura Brasil AM 1200 e pelo aplicativo Cultura Digital. De segunda a sexta-feira, às 8h.

*Estagiário sob supervisão da jornalista Gabriela Reis