Fatal Gal a todo vapor, por Zeca Baleiro
Fã do álbum lançado pela tropicalista Gal Costa em 1971, cantor e compositor maranhense afirma que 'as cantoras que fazem disco hoje deviam ouvi-lo como referência'.
19/11/2022 23h00
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Em tempos de MP3, a série especial Risco no disco retoma o hábito de ouvir o clique do vinil, de virar o lado do LP e lamentar os arranhões. A ideia é simples: nos estúdios do Cultura Brasil, um convidado (de peso) ouve e comenta um clássico da música brasileira.
Zeca Baleiro é fã de Fatal, tendo sampleado a voz de Gal (de “Vapor barato”) para sua canção "Flor da pele". “O disco é lindo de cabo a rabo. É emblemático porque é precário e até por isso ele acaba sendo uma obra-prima. As cantoras que fazem disco hoje em dia deviam ouvi-lo como referência”, diz Baleiro.
Boca Microfone Mão Violão
Fatal – Gal a todo vapor (1971) é LP duplo do show homônimo dirigido por Wally Sailormoon. Retrato de um momento, é um álbum de intérprete. “Hoje em dia a questão do intérprete deixou de existir para ter uma coisa focada em cantar as notinhas certas”, estabelece Arrigo. “E não dizer a música, que é o que ela faz muito bem aí”, completa Baleiro. “Caetano e Gil estavam no exílio e Gal ficou sendo a voz dissonante, a voz da rebeldia, da insurgência. E tem várias músicas que viraram hino, como ‘Antunico’ e a própria ‘Vapor barato’”, diz.
O programa Supertônica, com apresentação do Arrigo Barnabé, vai ao ar todo Sábado, às 23h pela Rádio Cultura FM de São Paulo, 103,3 e no aplicativo Cultura Digital.
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