Rafael Marino Arcaro: composição é autodescoberta
A disciplina de um jovem compositor brasileiro radicado em Berlim
04/05/2024 23h59
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Aos 8 anos, em Limeira, no interior de São Paulo, Rafael começou a tocar violão e guitarra, entre outros instrumentos. Seguindo o conselho dos pais, graduou-se em cinema, mas acabou mesmo se enveredando para a música. Estudou violão clássico e análise musical em São Paulo. No entanto, sua formação se deu como autodidata, estudando em casa, entre 8 e 10 horas diárias.
Sua dedicação surtiu efeito – Marino Arcaro foi aceito no mestrado em composição na Royal Academy of Music, de Londres. O orientador de seu doutorado no King´s College é o compositor George Benjamin, que foi aluno de Olivier Messiaen. Seu Concerto para violino e seu Concerto para violão foram comissionados pela Royal Academy of Music e pelo programa Young Composers da LPO – London Philharmonic Orchestra.
Aos 33 anos e vivendo em Berlin, Rafael Marino Arcaro busca sua identidade para tratar de questões brasileiras, como a causa indígena, por exemplo. O compositor se prepara para escrever uma peça para a Sinfônica de Londres, a ser estreada no Barbican Centre, em janeiro de 2025.
Nesta edição gravada remotamente (no ar em 30 de setembro de 2023), Arrigo Barnabé conversa sobre a formação e a obra de Arcaro, seus propósitos estéticos e suas influências (Rafael é admirador de Messiaen, Berg e Bartok, por exemplo). Em pauta, a experiência em Londres e os desafios de compor em 2023. “Grande parte do processo de composição é autodescoberta, é descobrir a sua voz”, resume Arcaro.
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