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“De alguma forma, a música sofreu uma fusão natural com a religião. E o som tornou-se sagrado para mim”.
Ajudar por meio da música à reconstituição da integridade espiritual humana. Eis o ponto de partida para a compositora russa Sofia Gubaidulina (1931-2025). Um dos nomes mais importantes da composição da segunda metade do século 20, sua música reflete suas heranças eslavas, tártaras, judaicas e ortodoxas russas, a influência da música eletrônica, da matemática, do improviso, sua paixão por Bach e Webern e, sobretudo, sua espiritualidade.
“O que desejo a você é que continue a trilhar esse teu caminho incorreto” – teria dito Shostakovitch a Gubaidulina num júri do Conservatório de Moscou. Palavras que a jovem compositora precisava ouvir para seguir seu rumo.
Nesta homenagem transmitida em 23 de março de 2025, fragmentos das obras: “O Jardim das Alegrias e Tristezas”, “Fachwerk”, “A Lira de Orfeu”, “A Luz do Fim” e “Aleluia”.
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