Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Davi Vittorazzi — AGÊNCIA CENARIUM

CUIABÁ (MT) - Indígenas brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que atuam nas terras indígenas Taunay/Ipegue, Cachoeirinha e Limão Verde, em Mato Grosso do Sul (MS), foram capacitados para combater incêndios no Pantanal. Eles vão atuar com o uso de drones no combate aos incêndios que atingem a região considera a entrada do Pantanal sul-mato-grossense.

Os treinamentos foram promovidos pela Organização Não Governamental (ONG) Environmental Justice Foundation (EJF) e capacitou 28 brigadistas indígenas do programa Brigadas Federais em Terras Indígenas (BRIFs), nesse fim de semana, no município de Aquidauana (MS), distante 118 quilômetros da capital Campo Grande. As aldeias indígenas são do povo Terena.

A capacitação teve como objetivo mostrar as brigadas quanto ao uso de drones no auxílio das atividades de combate ao fogo. Durante as atividades, os brigadistas tiveram acesso a conteúdos teóricos e práticos como noções básicas de pilotagem, manutenção e operação de drone em situações adversas. Os brigadistas também receberam a doação de quatro drones da EJF.

À CENARIUM, o brigadista indígena do povo Terena e supervisor das brigadas Terena, do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), Airton Pereira Sebastião, destacou que o uso dos drones já pode ser colocado em prática.

"Com esse treinamento, os nossos brigadistas tiveram o primeiro contato com os drones e, então, durante o período prático do curso, eles puderam manusear os drones e tirar as suas dúvidas", disse.

"Um dia após o curso, um brigadista indígena foi designado para apoiar com esse equipamento na região da Fazenda Santa Sofia, onde permanecerá até que tudo se tranquilize ou que precise em outros lugares do nosso Pantanal", completou Airton.

Já Luciana Leite, defensora da Biodiversidade e do Clima na EJF, destacou que o conhecimento tradicional aliado à tecnologia pode maximizar a eficácia e rapidez no combate aos incêndios. "Acreditamos que o terceiro setor pode contribuir no enfrentamento dos incêndios, trabalhando junto às comunidades locais e trazendo inovações que podem no futuro ser adotadas em larga escala pelo setor público”, pontuou.

Incêndios atingem o Pantanal brasileiro (Reprodução)

Segundo o Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA/UFRJ), a região do Pantanal em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul teve 906.950 hectares de áreas queimadas, de janeiro até esta quarta-feira, 31. A quantidade equivale a cerca de 6% de todo bioma.

Indígenas brigadistas

Iniciado em 2013 por meio de um acordo entre a Fundação Nacional dos Povos Originários (Funai) e o Prevfogo, vinculado ao Ibama, o programa BRIFs forma e contrata brigadistas, principalmente indígenas, para a prevenção e combate a incêndios florestais em suas terras.