Ana Pastana - AGÊNCIA CENARIUM

MANAUS (AM) - A babá identificada como Geovana Costa Martins, de 20 anos, que estava desaparecida desde o último dia 18 e foi encontrada morta no domingo, 25, em uma região de mata no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus, teria sido torturada antes de morrer. É o que acredita a mãe dela, Márcia Costa de Lima, após ter acesso a fotos da jovem em que ela aparece com marcas de agressão pelo rosto. As imagens estavam armazenadas em uma pasta de arquivos on-line.

De acordo com a genitora, ao chegar em casa, a filha caçula relatou que teria entrado no e-mail da vítima e encontrado as imagens. "Na quinta-feira, quando eu vou adentrando na minha casa, a minha filha caçula já vai me mostrando o celular porque ela entrou no celular com o e-mail da Geovana e a primeira coisa que ela viu foi a foto da minha filha com o rosto todo machucado, cheio de hematomas. Quando eu vi a foto, entrei em desespero", disse.

Nas imagens, a jovem aparece deitada em uma cama, coberta, com os dois olhos arroxeados e marcas de hematomas na mandíbula e lábios.

Segundo Márcia, Geovana chegou a relatar que estava sem celular e usava um aparelho provisório. "Ela estava sem celular, mas ela disse 'mãe, eu estou usando o celular da menina que eu cuido". A mãe acha que a filha cadastrou o e-mail no celular e deixou as informações salvas.

O caso

Geovana morava na casa de uma amiga onde trabalhava como babá, no bairro Petrópolis, na Zona Sul da capital amazonense. De acordo com a mulher a qual ela prestava serviços, identificada como Camila Barros da Silva, a jovem teria saído de casa no domingo, 18, afirmando que iria para a casa da avó. Na quinta-feira, 22, Camila entrou em contato com a mãe para saber do paradeiro de Geovana.

No domingo, 25, um corpo do sexo feminino, em estado de decomposição, foi encontrado em uma área de mata e apresentava sinais de tortura. Apenas na segunda-feira, 26, a família foi até o Instituto Médico Legal (IML) para fazer a identificação do corpo.

De acordo com o laudo preliminar, a causa da morte foi dada como traumatismo craniano. Segundo a perícia, a morte teria acontecido com menos de 12 horas antes do corpo ser encontrado.