Após a derrota para a Inglaterra da estreia da Copa do Mundo, o técnico do Irã, Carlos Queiroz, concedeu coletiva de imprensa e precisou falar de assuntos além do futebol. Muitos jornalistas o questionaram sobre os protestos dos torcedores iranianos sobre a violência do governo do país e a restrição de direitos das mulheres. Ele criticou as vaias vindas da arquibancadas e disse que, se forem ao estádio para se manifestarem politicamente, não precisam ir.

“Todos os iranianos são bem-vindos ao estádio. Eles têm o direito de criticar o time. Mas aqueles que causam perturbações por problemas fora do futebol não são bem-vindos”, afirmou Queiroz.

“Em 2014 e 2018, tivemos total apoio dos torcedores. Agora, vê o que aconteceu hoje...os fãs que não estão tão dispostos a torcer, deveriam ficar em casa”, completou.

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Em outro momento do coletiva, o treinador pediu mais apoio aos jogadores e disse que as cobranças sobre a performance do time sejam focadas apenas nele.

Ao final, afirmou que os atletas jogam por toda a nação iraniana e explicou que, em algum momento, todos irão expor suas opiniões sobre a política do país.

“Não importa o que eles façam ou falem, todo mundo joga pelo povo, representam todo o povo, sem religião, sem cor. Então deixem eles jogar. Não significa que eles não têm opinião. Eles têm. No momento certo eles vão expor”, finalizou.

Sobre o jogo

Inglaterra e Irã fizeram sua estreia na Copa do Mundo do Catar às 10h desta segunda-feira (21). Em partida válida pela fase de grupos, os britânicos bateram os iranianos por 6 a 2 e assumiram a liderança do grupo B.

Enquanto Jude Bellingham, Bukayo Saka (2x), Raheem Sterlin, Marcus Rashford e Jack Grealish marcaram para a seleção inglesa, Mehdi Taremi descontou duas vezes para a equipe iraniana. O jogo aconteceu no Estádio Internacional Khalifa, na capital Doha.

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