O TikTok comunicou na noite da última sexta-feira (17) que "será forçado a ficar fora do ar" para usuários dos Estados Unidos a partir deste domingo (19), a não ser que o ainda presidente americano, Joe Biden, suspenda a lei que força a rede social a vender sua operação no país.
A plataforma da empresa chinesa ByteDance pediu que "o governo Biden forneça imediatamente uma declaração definitiva para satisfazer os provedores de serviço mais críticos, garantindo a não aplicação da lei".
O posicionamento da rede social surge após a Suprema Corte dos EUA decidir, por unanimidade, a favor da lei federal que determina o bloqueio do aplicativo nos Estados Unidos.
A decisão da Suprema Corte seguiu a lei sancionada pelo presidente Joe Biden, em abril do ano passado. De acordo com o texto, o aplicativo de vídeos curtos representa uma grave ameaça à segurança nacional por causa dos laços com a China. Além disso, a corte alegou que a lei não atenta contra o direito à liberdade de expressão, o que alegava a defesa do TikTok.
A rede social tem até domingo, último dia de Biden no poder, para encontrar um comprador e manter a operação no país. Caso contrário, não poderá mais funcionar. A lei afirma que as lojas de aplicativos e os provedores de nuvem que continuarem a hospedar o TikTok receberão multas de US$ 5 mil dólares a cada acesso.
Os usuários que já baixaram o aplicativo ainda poderão acessá-lo, mas ele não será mais atualizado. O TikTok tem 170 milhões de usuários nos Estados Unidos.
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A Casa Branca avisou que a decisão sobre a implementação da lei ficará a cargo de Donald Trump, que vai assumir a presidência na segunda-feira (20).
Trump chegou a conversar, por telefone, com o presidente chinês, Xi Jinping. Em uma rede social, disse que vai definir o que vai fazer com o aplicativo num futuro muito próximo, porque precisa de tempo para rever a situação.
Durante a semana, o republicano afirmou que poderia negociar uma solução para que a plataforma não saia do ar. O jornal The Washington Post informou que ele cogita assinar uma ordem executiva, que suspenderia o banimento do TikTok por um prazo de 60 a 90 dias.
A própria rede social informou que manteria o salário dos funcionários nos Estados Unidos, sinalizando que acredita em um outro desfecho.
Além disso, o presidente do TikTok, Shou Zi Chew, foi convidado para a posse de Trump e deve se sentar em uma posição de honra no palco, onde ex-presidentes, familiares e outros convidados importantes tradicionalmente ficam, segundo o jornal The New York Times.
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