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O conjunto de regras e tecnologias que permitem o compartilhamento de dados autorizados pelos clientes entre instituições financeiras é conhecido como Open Banking. O mecanismo completou, neste mês, um ano no Brasil, contando com as diferentes fases de adaptação do mesmo no mercado.

A advogada Patrícia Thomazelli explicou ao Jornal da Tarde que “uma das vertentes em que o sistema trabalha é o compartilhamento de dados, que passa a possibilitar o usuário a ter uma autonomia totalmente alinhada a lei geral de proteção a dados pessoais. Ele é o titular dos dados, portanto, ele vai poder optar, portar, compartilhar esses dados, para uma outra empresa bancária”.

O sistema também pode facilitar no processo de transferência de dados pessoais para diferentes empresas. “Digamos que o cliente tenha uma relação com a instituição A, e queira começar ou avaliar uma relação de consumo com uma nova instituição. Ele vai poder autorizar que seus dados cadastrais e financeiros sejam transferidos pela instituição A, para a instituição B”, explicou Patrícia.

Até o final de janeiro, o Banco Central, que regula o conceito, contabilizou 3,3 milhões de consentimentos para compartilhar dados, um número relativamente baixo se comparado aos 180 milhões de bancarizados no Brasil.

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O site da TV Cultura conversou com o especialista em Tecnologia e Segurança Digital, Arthur Igreja, para entender o papel do Open Banking hoje no país e suas vantagens e desvantagens.

Arthur entende que ainda é cedo para avaliar a adesão do conceito no Brasil. “Essa última fase que as pessoas podem transportar suas informações bancárias de um lado para o outro está disponível há muito pouco tempo, desde meados de setembro de 2021”, disse, “é algo muito recente".

Para a adesão do Open Banking, o especialista ressaltou que existem mais desafios do que outros novos modelos financeiros, e citou o Pix: “Não é algo tão direto e trivial como é o caso do Pix , no caso é um conceito, então as instituições vão ter um belo desafio para explicar suas vantagens”.

“Além do desafio de explicar efetivamente o que são essas novas regras, também existe o desafio de implementá-las com segurança”, disse Arthur, que reconheceu como desvantagem a tendência que golpistas se aproveitem desse período de adaptação.

Para o especialista, golpes envolvendo o Open Banking neste período de familiarização podem queimar o conceito e, consequentemente, afastá-lo da população por conta de um impacto de imagem.

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Mesmo assim, Arthur entende que é um sistema seguro de trânsito de informações. “É seguro e muito importante. O consumidor deixa de ficar preso na empresa A ou B e ganha mais liberdade para comparar se ele está com uma oferta razoável ou não, e consegue fazer essa migração”, explicou.

“A grande vantagem é essa capacidade de você migrar de uma instituição para a outra. O consumidor não vai mais ficar refém da instituição a qual ele tem relacionamento. E a tendência é que nós tenhamos uma competitividade muito maior, principalmente com a atuação dos bancos digitais e das fintechs, e uma redução das taxas”, concluiu Arthur Igreja.