Um levantamento feito a partir de registros da Polícia Civil e dos serviços de saúde da capital paulista mostrou que a maioria das agressões contra pessoas LGBTQIA+ foram cometidas por parentes ou pessoas próximas das vítimas.
O estudo mostra que seis em cada dez (60%) vítimas de LGBTfobia foram agredidas por pessoas próximas. Quase metade deste número (49%) precisaram de atendimento e sofreram violência dentro de casa.
Segundo Rodrigo Iacovini, diretor do' Instituto Polis, instituição que realizou o levantamento, a sociedade ainda não está preparada para conviver com o diferente.
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“Nossa sociedade como um todo não está preparada ainda para entender que nossos corpos têm diferentes formas de ser e estar no mundo, e ainda tenta conformar todo mundo a um mesmo padrão, um padrão que é cis, héteronormativo. As famílias muitas vezes reproduzem esse tipo de violência e a reproduzem de maneira acrítica”, comenta Iacovini.
O perfil das vítimas de LGBTfobia na cidade de São Paulo é majoritariamente composto por pessoas jovens (69% têm até 29 anos) e negras (55%) que sofrem principalmente violências físicas (45% - violências físicas, 29% - psicológicas e 10% - sexuais).
Em oito anos (2015 a 2023), foram feitos 2.298 atendimentos médicos e registrados 3.868 boletins de ocorrência
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