Contas públicas têm déficit de de 68,7 bilhões no primeiro semestre de 2024, pior resultado desde 2020
Aumento das despesas com Benefício de Prestação Continuada e tragédia do Rio Grande do Sul estão entre os principais motivos do déficit
26/07/2024 11h52
Relatório do Tesouro Nacional divulgado nesta sexta-feira (26) mostrou que as contas do governo federal tiveram um déficit de 68,7 bilhões no primeiro semestre de 2024, pior resultado para o período desde 2020, quando a pandemia da Covid-19 afetou o mundo.
As despesas do governo nos primeiros seis meses do ano foram de R$ 501,9 bilhões, uma alta de 8,7% acima da inflação. Comparado ao ano passado, o gasto foi R$ 40 bilhões a mais.
As contas do governo incluem Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social.
Uma despesa que cresceu em 2024 foi do Benefício de Prestação Continuada (BPC), programa voltado a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. Entre janeiro e junho de 2024, foram R$ 54,2 bilhões no projeto, R$ 8 bilhões a mais comparado a 2023.
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Além disso, as despesas extras com o Rio Grande do Sul fizeram as contas ficarem mais altas. O governo federal enviou R$ 7,7 bilhões para combater as enchentes.
Levando em consideração apenas o mês de junho, o déficit foi de R$ 38,8 bilhões, uma queda de R$ 8,2 bilhões menor comparado ao mesmo período do ano passado. O principal motivo é o crescimento da receita líquida, que foi de 5,8% comparado a 2023.
A despesa do governo subiu apenas 0,3% acima da inflação no período. Enquanto em 2023, parte do 13º dos aposentados foi paga em junho, neste ano o repasse foi feito entre abril e maio. Devido a mudança, o gasto com benefícios previdenciários teve uma queda real de 7% em junho.
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