A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acelerou para 0,44% em setembro, após registrar deflação de 0,02% em agosto.
O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado de 2024, a inflação soma 3,31%, enquanto nos últimos 12 meses atinge 4,42%.
Fonte: IBGE
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A alta foi impulsionada, principalmente, pelo aumento de 5,36% nas tarifas de energia elétrica residencial, em função da mudança para a bandeira tarifária vermelha patamar 1.
O gerente da pesquisa, André Almeida, explicou que a grave seca que afeta o nível dos reservatórios levou à troca da bandeira verde, sem cobrança adicional, pela vermelha, acrescentando R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. O grupo Habitação, que inclui a energia elétrica, registrou alta de 1,80%, sendo o principal responsável pela pressão no índice.
Outro fator que contribuiu para o avanço da inflação foi o aumento nos preços dos alimentos. O grupo Alimentação e bebidas subiu 0,50%, influenciado pela estiagem que comprometeu a oferta de produtos como carnes e frutas.
Além disso, as promoções da "Semana do Cinema", que resultaram em uma queda de 8,75% nos preços de ingressos para cinema, teatro e concertos, ajudaram a conter uma pressão inflacionária maior. Apesar disso, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 4,42%, ultrapassando a alta de 4,24% registrada até agosto
Embora o IPCA de setembro tenha ficado levemente abaixo das expectativas do mercado financeiro, que projetava uma alta de 0,46%, a crise climática segue sendo motivo de preocupação. A seca prolongada no país tem elevado os custos de produção, especialmente no setor agrícola, e exigido o uso intensivo de termelétricas, o que encarece ainda mais as contas de luz.
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