Ciro Gomes (PDT) anunciou na tarde desta terça-feira (4) o apoio ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o ex-governador do Ceará endossou a posição do PDT, que declarou apoio ao petista.
"Gravo esse vídeo para dizer que acompanho a decisão do meu partido, o PDT. Frente às circunstâncias, é a última saída. Lamento que a trilha democrática tenha se afunilado tanto que reste para os brasileiros duas opções, ao meu ver, insatisfatórias", disse.
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"Não acredito que a democracia esteja em risco nesse embate eleitoral. Mas sim no absoluto fracasso da nossa democracia em construir um ambiente de oportunidades, que em frente à mais massiva crise social e econômica, humilha a esmagadora maioria do nosso povo", completou.
Sem citar Lula ou Bolsonaro, Ciro disse que "lamenta que a democracia brasileira tenha afunilado a tal ponto que reste para o brasileiro duas opções, a meu ver, insatisfatórias", disse. "Ao contrário da campanha violenta da qual fui vítima, nunca me ausentei ou me ausentarei da luta pelo Brasil. Sempre me posicionei e me posicionarei na defesa do país contra projetos de poder que levaram o país a essa situação grave e ameaçadora."
O PDT, partido de Ciro Gomes, anunciou nesta terça apoio ao ex-presidente Lula para o segundo turno. A declaração aconteceu após reunião da Executiva do partido no final da manhã de hoje. A sigla é a primeira a manifestar apoio a Lula no segundo turno.
Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) foram os mais votados e irão decidir a disputa para a presidência da República no segundo turno. Em votação realizada no domingo (2), o petista ficou com 48% dos votos e o atual presidente ficou com 43%.
Ciro Gomes ficou em quarto lugar, com 3,5 milhões de votos. Durante a campanha, o ex-governador do Ceará criticou o governo de Lula e o Partido dos Trabalhadores. No entanto, historicamente, o PDT sempre esteve ao lado do PT no segundo turno das eleições.
Simone Tebet (MDB) teve 4%. Soraya Thronicke (União Brasil), Felipe d'Avila (Novo), Vera (PSTU), Sofia Manzano (PCB), Constituinte Eymael (Democracia Cristã), Léo Péricles (UP), Padre Kelmon (PTB) e Eymael (DC) não tiveram mais de um porcento dos votos.
Ainda no vídeo, o ex-governador afirmou que não “aceitará qualquer cargo”
"Adianto que não pleiteio e não aceitarei qualquer cargo em eventual futuro governo. Quero estar livre ao lado da sociedade, em especial da juventude, lutando por transformações profundas, como as que propusemos durante a campanha", destacou.
"Ao povo brasileiro me dirijo: fiquem certo de que, como sempre fiz, vou fiscalizar acompanhar de perto o dia a dia do governo que assumirá o governo em janeiro. Assim como vou seguir estudando e apresentando ideias para o nosso país", finalizou Ciro Gomes.
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