Eleições

PF acata pedido do Ministério da Justiça e abre investigação sobre institutos de pesquisa

Alvo da campanha do Presidente Jair Bolsonaro, empresas serão investigadas pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários no Distrito Federal


13/10/2022 22h44

A Polícia Federal (PF) abriu nesta quinta-feira (13) um inquérito para investigar os institutos de pesquisas eleitorais. O pedido foi feito pelo ministro Anderson Torres (Justiça) a partir de uma representação da campanha de Jair Bolsonaro (PL). A Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários no Distrito Federal será a responsável pelo caso.

No documento, Torres disse que "a divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano e multa".

Os institutos de pesquisa foram os principais alvos do atual presidente e de sua campanha após o resultado do primeiro turno. Ele recebeu 43,2% dos votos válidos e vai disputar o segundo turno contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nas pesquisas da véspera, as pesquisas indicavam que ele receberia 36% dos votos, e a margem de erro era de dois pontos percentuais.

Em São Paulo, as pesquisas apontavam resultados bastante diferente. Na corrida pelo governo, Fernando Haddad (PT) liderava, enquanto Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Rodrigo Garcia (PSDB) disputavam o segundo lugar. No final, o candidato bolsonarista ficou em primeiro e o petista avançou em segundo.

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Um dia após a eleição, as diretoras do DataFolha e do Ipec disseram que o resultado das pesquisas podem ter acelerado um comportamento de segundo turno, por isso a diferença.

Na última segunda-feira (10), Maurício Moura, presidente do Instituto Ideia, fez uma análise das pesquisas eleitorais do primeiro turno das Eleições 2022 e criticou uma possível criação de CPI para investigar os institutos.

“Acredito que, numa democracia, a livre circulação de ideias favorece a todos. Quanto mais informações os eleitores tiverem acesso, ajuda a fortalecer a democracia. Acredito que devemos ter mais pesquisa, mais pessoas participando. Esse movimento é justamente o contrário, estão querendo cercear a circulação de ideias”, disse.

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