O debate realizado pela TV Gazeta e o portal MyNews nesse domingo (1º) foi marcado por ofensas e acusações entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo.

O encontro no Auditório Gazeta, na Avenida Paulista, contou com a presença dos cinco mais bem colocados nas pesquisas: Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB).

Vale lembrar que no último, promovido em 19 de agosto pela Veja em parceria com a ESPM, Boulos, Nunes e Datena não compareceram. Na ocasião, embora tenham alegado outros compromissos de agenda, os três decidiram se ausentar para não dar palanque ao ex-coach.

A mediação foi feita pela jornalista Denise Campos de Toledo, que chamou atenção dos participantes em diversos momentos. Ao todo, foram 21 pedidos de direito de resposta, sendo oito aceitos. No entanto, para os cidadãos que esperavam que eles focassem em propostas para a maior cidade do Brasil, a frustração foi inevitável.

O atual prefeito chamou Marçal de "Pablito" e foi chamado de "bananinha" na resposta. Boulos foi apelidado de invasor por Nunes e de "Boules", por Marçal. Enquanto Tabata foi chamada de "Chatábata" por Marçal, que também denominou Datena de "fujão" e "ditador". A troca de apelidos levou a mediadora a pedir que eles se chamassem pelos nomes, mas a tentativa não obteve sucesso.

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Veja como cada bloco funcionou:

O primeiro apresentou perguntas entre os candidatos, nesta ordem: Marçal, Nunes, Tabata, Boulos e Datena. Já no seguinte, os questionamentos foram feitos por jornalistas.

O terceiro abordou os temas: mobilidade, educação, saúde, meio ambiente e economia, e cada candidato pode escolher um adversário para comentar a resposta. Já no próximo, questionamentos do público que foram encaminhadas pelas redes sociais e selecionadas pela organização foram levantadas. As considerações finais foram feitas no quinto bloco.

Um dos momentos de destaque ocorreu no final do terceiro bloco, quando Marçal provocou Datena, que saiu do púlpito e foi em direção ao ex-coach. A apresentadora, por sua vez, chamou os seguranças, mas eles não chegaram a subir no palco e o apresentador retornou ao seu local.

No fim, todos os participantes falaram com a imprensa. Nunes reforçou a importância do debate e voltou a criticar Boulos ao afirmar que "São Paulo é a cidade do emprego e não se pode correr o risco de votar em alguém que invade casas".

Já Tabata chamou o evento de "nível baixíssimo", mas ainda assim disse que continuará a participar. Datena fez mais críticas à Marçal e disse que o candidato "é uma ameaça à democracia”. Marçal disse que o apresentador "saiu do controle" e pediu desculpas "à sociedade paulistana porque não dá para discutir proposta" com o que ele chamou de "consórcio de comunistas". Enquanto Boulos também criticou Marçal e voltou a dizer que o candidato "foi condenado por humilhar trabalhador".

A TV Cultura realizará um debate no dia 15 de setembro, ao vivo, a partir das 22h, diretamente do Teatro B32. A iniciativa contará com a participação de Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB).

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