O primeiro turno das eleições municipais de 2024, realizado no domingo (6), registrou um aumento de 45,86% no número de vereadores que se declaram negros (pretos e pardos). Foram eleitos 26.789 nomes para o cargo.
Esse total representa um pequeno aumento em relação ao último pleito, em 2020, quando foram eleitos 26.003 vereadores desse grupo. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas últimas eleições, essa proporção foi de 44,46%.
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Considerando os dados de todos os vereadores eleitos no país, 22.739 (ou 38,93%) se declaram pardos e outros 4.050 (6,93% do total) se declaram pretos, segundo informações do G1.
No momento de realizar o registro no TSE, é o próprio candidato quem define sua raça, podendo se autodeclarar amarelo, branco, indígena, pardo ou preto, ou ainda optar por não declarar nenhuma raça. A cor ou raça dos candidatos é utilizada para definir políticas públicas, como a distribuição do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral, recursos públicos que são repassados pelo governo aos partidos.
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Mesmo com o aumento, o número ainda ficou abaixo da proporção de candidaturas negras em relação ao total. De acordo com o TSE, as candidaturas negras representavam 52% do total neste ano e 50,02% em 2020.
Na Câmara de São Paulo, dos vereadores eleitos, 16 se declararam negros, sendo 10 pardos e seis que se autodeclararam pretos. Esse grupo representa 29% dos 55 representantes. Entre eles, os que se declararam pretos são: Luana Alves (PSOL), Pastora Sandra Alves (União), Silvinho (União), André Santos (Republicanos), Sonaira Fernandes (PL) e Keit Lima (PSOL).
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Os seguintes candidatos se declararam pardos: Amanda Paschoal (PSOL), Silvão Leite (União), Isac Félix (PL), Alessandro Guedes (PT), Fábio Riva (MDB), Sidney Cruz (MDB), Dr. Milton Ferreira (PODE), João Ananias (PT), Dheison (PT) e Senival Moura (PT).
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