Jogo “Triunfo: Heroínas na História” homenageia 32 brasileiras que entraram para a memória do país

Idealizado durante a pandemia de Covid-19 pela atriz e roteirista Litta Mogoff - fundadora da Cia Guarda Chuva -, o jogo “Triunfo: Heroínas na História” vai na contramão dos tradicionais que mostram o homem como super-herói, com carros, aviões e animais, por exemplo.

Por meio de 32 cartas, o “Triunfo: Heroínas na História” apresenta aos participantes a importância e a garra de mulheres que impactaram a história do Brasil. O jogo homenageia Anita Garibaldi, Anita Malfatti, Izabel dos Santos, Carolina Maria de Jesus, Cecília Meireles, Chiquinha Gonzaga, Hortência, Irmã Dulce, Maria da Penha, Marta, Mãe menininha e Tarsila do Amaral.

Essas personagens são representadas no baralho por meio de desenhos realizados pela ilustradora Tamires Moura, com um breve resumo sobre cada uma, bem como algumas características.

Ao site da TV Cultura, a idealizadora do jogo falou sobre o processo de criação. “Quando eu era criança, heroína para mim era só a supergirl, uma americana loira que usava saia e voava. Eu não via as mulheres ao meu redor como heroínas. E o jogo tem isso porque mostra o quão grande são as mulheres brasileiras. Escritoras, enfermeiras, professoras, religiosas, mulheres que podem estar ao nosso redor, que podem ser nós mesmas".

Desta forma, segundo Litta, ao perceber a grande quantidade de heroínas e super poderes que estão próximos a nós, notamos o heroísmo do dia-a-dia de cada pessoa que convive conosco. "Uma mãe, um pai, uma professora são heróis secretos”, disse.

Ela relatou que a ideia surgiu em meio às dificuldades da pandemia. Atriz e professora, ela ficou um bom período desempregada e sentiu a necessidade de oferecer um produto que fosse a sua cara.

“A pandemia e a necessidade de maneiras alternativas de conseguir renda fortaleceram a ideia de criar um jogo. Passei por muitas dúvidas, percebi que ficar em casa exigia atividades divertidas e que minha família e eu consumimos mais jogos. No entanto, a temática dos jogos e suas ilustrações não me atraíam”, disse.

“Conversei com muitas pessoas, ouvi muitas opiniões e decidi arriscar. Teve muita pesquisa, insegurança e um desejo muito forte de ver a ideia concretizada”, completou.

Para Litta, o jogo é a realização de um sonho que se junta com a necessidade de firmar a importância da mulher na sociedade.

“É possível pontuar mulheres por sua inovação na história e por sua persistência, o jogo guia nosso olhar para outras características das mulheres que vão além de sua aparência física”, explicou.

A psicopedagoga Karin Kenzler concorda com a idealizadora e afirma que o jogo é benéfico ao desenvolvimento das crianças.

“Esta versão traz personagens femininas da nossa história que se destacaram por seus feitos resgatando e dando destaque à importância das mulheres, podendo servir de inspiração e empoderamento às crianças, em especial as meninas”.

Além da questão do feminismo, a especialista acredita que o projeto de Mogoff estimula valores sociais importantes para os pequenos, por usar como características de cada carta critérios como inovação, carisma e persistência, que são qualidades importantes do ser humano e de grande valor para o empreendedorismo.

“Acredito que por meio deste jogo as crianças se familiarizem com estes conceitos e adquiram um conhecimento do seu real significado a partir das personagens e suas histórias que melhor os representam”, disse Karin.

Questionada sobre o uso de jogos para ensinamento das crianças, a psicopedagoga afirma que não são um mero passatempo ou entretenimento, mas sim fonte de conhecimento e exploração do mundo.

“Por meio dos jogos a criança aprende a se relacionar, a se ater a regras, a ganhar e perder, lidar com frustração, a aguardar sua vez, ter paciência, resiliência e adquire muito conhecimento conforme o tema do jogo”, explicou.

Neste sentido os jogos são grandes aliados no desenvolvimento cognitivo, pois exercitam o raciocínio, a memória, a atenção e a imaginação das crianças, mas também ajudam na promoção da educação sócio emocional, principalmente jogos como este das Heroínas, que trazem conhecimento sobre sentimentos, comportamentos e qualidades pessoais, apontou Kenzler.

Ela finalizou dizendo que, de qualquer maneira, independente do jogo, o ato de jogar em si promove a comunicação, o desenvolvimento pessoal e a aprendizagem de modo geral estimulando a capacidade física, mental e psíquica.

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O jogo "Triunfo: Heroínas na História" é indicado para crianças a partir de 7 anos, mas os adultos também podem tirar proveito dessa forma de aprendizado. Ele é realizado com a presença de 2 a 8 participantes e o objetivo é ficar com todas as cartas do baralho.

Como jogar: O primeiro a jogar, escolhe, entre os super poderes contidos em sua primeira carta, aquela que julga ter o valor capaz de superar o valor da mesma informação que se encontra na carta que seus adversários têm em mãos. Por exemplo: o jogador escolhe a informação com persistência, menciona-a em voz alta e coloca a carta sobre a mesa. Imediatamente todos os outros jogadores baixam a primeira carta de suas pilhas e conferem o valor da informação. Quem tiver o valor mais alto ganha as cartas da mesa e as coloca embaixo de sua pilha.O próximo jogador será o que venceu a rodada anterior. Assim prossegue o jogo até que um dos participantes fique com todas as cartas do baralho, vencendo a partida.

Carta TRIUNFO: O jogador cuja carta da rodada for marcada como TRIUNFO ganha a rodada, a não ser que a carta de um dos outros participantes seja letra A - exemplo: 1A, 2A, 3A, 4A, 5A, 6A, 7A ou 8A -, quando este ganha a rodada e, consequentemente, a carta TRIUNFO. Assim prossegue o jogo até que um dos participantes fique com todas as cartas do baralho, vencendo a partida.

Onde comprar:

Site da Cia Guarda Chuva ou pelo telefone: (11) 98860-2334

Preço: R$ 63,00