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Reprodução/ Instagram @fernandaabreureal
Reprodução/ Instagram @fernandaabreureal

A cantora Fernanda Abreu lançou nesta sexta-feira (17) um álbum em comemoração aos 30 anos de carreira. A artista reuniu 15 Djs do cenário brasileiro e mundial para remixar faixas já gravadas por Fernanda. “30 anos de baile” é uma junção do pop, funk, trap, rap soul e outros ritmos. O álbum teve a curadoria e produção executiva do e produtor Dj Memê.

Em entrevista coletiva realizada na última quinta-feira (16), a artista falou sobre o cenário musical, no qual apareceu por volta dos anos 80 na banda Blitz. Mas foi em 1990, com o lançamento do trabalho solo "A Noite”, que conquistou os brasileiros. A canção fez parte do álbum de estreia "SLA Radical Dance Disco Club”.

“Fernanda Abreu: 30 Anos de Baile” contou com o trabalhos de DJs como Vintage Culture, Gui Boratto, Bruno Be, Tropkillaz, Fancy Inc, Corello DJ, Zé Pedro, Dennis DJ, Memê, além da participação dos rappers Emicida e Projota.

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Fernanda e Memê explicaram como ocorreu o processo criativo dos produtores. “A coisa mais surpreendente deste disco é que nós demos a opção dos Djs escolherem as músicas, e nenhum escolheu a mesma canção”, disse a cantora. Cada artista teve liberdade para trabalhar com os clássicos de Fernanda Abreu.

Fernanda ressaltou que sempre gostou de trabalhar com diversos artistas em seus projetos musicais. A artista do pop dance já gravou com Carlinhos Brown, Martinho da Villa e Jorge Benjor, entre outros. 

“Eu sempre trabalhei com muita gente. Quando eu vejo um talento de um músico e de um Dj ou de um artista, eu não penso duas vezes. Eu realmente quero trazer essa pessoa para fazer algum trabalho comigo, faz parte do meu jeito de trabalhar há muitos anos. Não foi diferente agora no álbum de remix, eu fiquei muito contente quando o Memê trouxe nomes que eu não conhecia e que são super bacanas”, explicou.

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Cenário do Pop

Fernanda ainda falou sobre o cenário do pop brasileiro e do pop dance. Segundo ela, o gênero está em crescimento com a nova geração de artistas como Luísa Sonza, Anitta, Iza, Jade Baraldo, entre outras. O espaço está sendo ocupado cada vez mais entre mulheres.

Eu fico super feliz com o cenário do pop atual. Hoje o pop tem uma pitada do funk carioca, da batida do beato que foi uma conquista importante para o funk. O gênero sempre foi muito maltratado, descriminalizado, marginalizado. Mas o pop hoje brasileiro está muito consistente, tem muitos artistas”, apontou.

Ainda sobre o funk, a cantora disse que o estilo faz parte da sua carreira musical, e que é uma ponte entre morro e asfalto.

“Eu conheci o funk em 1989, o funk tem 30 anos, e eu também [de carreira]. Isso contribuiu muito para a música que eu faço até hoje. Essa ponte entre morro e asfalto está na minha música. Mesmo com os problemas, a cidade me inspira como artista e inspira os brasileiros também, os cariocas. A minha música sempre foi muito conectada com o Rio de Janeiro. A cidade é muito musical, é muito natural que a minha música tenha o olhar para a cidade, para o Brasil, através do meu olhar carioca. Com o funk carioca, nós fomos tendo uma história”, afirmou.

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Idade

Aos 60 anos, Fernanda Abreu falou também sobre a pressão imposta pela sociedade às mulheres em relação a idade. Para a cantora isso nunca foi uma questão interna, mas que percebeu um debate com o tema.

“Sou uma pessoa que gosta de dizer que tem 60 anos, para mim não tem sentido esconder a idade ou fingir que eu tenho outra. Ou vergonha da minha vida. Consegui conquistar tanta coisa nesses 30 anos de carreira”, concluiu.