Nesta terça-feira (15), o #Provoca recebe Liminha, produtor musical e ex-baixista da banda Mutantes. Um dos mais importantes nomes da indústria fonográfica brasileira conversa com Marcelo Tas sobre sua carreira nos palcos e nas gravadoras. A edição vai ao ar a partir das 22h, na TV Cultura.
Liminha relembra os tempos das Frenéticas, famoso girl group carioca dos anos 70, do qual foi produtor. Ele revela que, durante gravações do grupo, quis introduzir em uma das canções, composta por Nelson Motta, o steel drum, ou tambor de aço, porém não encontrava músicos que o tocassem. Até que suas buscas o levaram a um bordel no porto de Santos.
Tendo a produção musical como sua principal atividade desde 1977 até os dias de hoje, o trabalho de Liminha está inserido principalmente no cenário musical dos anos 70 a 80, quando fez parcerias com Gilberto Gil, Marina Lima, Paralamas do Sucesso, Ultraje a Rigor, Lobão, Kid Abelha e inúmeros outros.
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Ao ser questionado por Tas sobre o porquê de alguns artistas criarem hits gigantes e depois nunca mais acertarem, o produtor responde que é "difícil fazer música" e que "ela é um enigma". Liminha usa como exemplo a canção “Como eu Quero”, da banda Kid Abelha e os Abóboras Selvagens. A música, composta e interpretada por Paula Toller, da qual ele faz a direção musical, impressiona o produtor pelo arranjo, pela letra e pela sequência harmônica, fora a própria interpretação de Toller: "Quando ela toca “Como eu Quero”, meu amigo, o troço vem abaixo", ele comenta.
A respeito do Rock, estilo musical que mais produziu em sua carreira, Liminha não hesita: "Rock 'n' roll é música de preto", ele afirma. O produtor diz ainda que foi conhecer Chuck Berry, tido como "o pai do Rock and Roll", depois de ouvir Little Richard, que teria sido o "arquiteto" do gênero. "É a África e África é beat. Música sem preto não é legal", ele complementa.
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