Associações e coletivos de blocos de rua do Carnaval de São Paulo divulgaram um manifesto criticando a gestão da secretária municipal da Cultura, Aline Torres, de abandono. A nota foi publicada nesta quinta-feira (14) e divulgada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo.

A Prefeitura de São Paulo cancelou na última quinta-feira (7) o carnaval de rua que aconteceria nos dias 16 e 17 de julho foi cancelado, devido à falta de patrocinadores.

O primeiro pregão no dia 24 de junho não teve adesão, o que fez com que a prefeitura baixasse o lance inicial de R$10 milhões para 6 milhões, assim como a segunda proposta apresentada hoje, que também não obteve sucesso. Mesmo com o valor abaixo do estipulado, a prefeitura enfrentou dificuldades, e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que sem patrocínio e sem emendas, não investiria o dinheiro público.

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Apesar do cancelamento, a associação afirma que os blocos vão desfilar nas ruas da capital paulista. "Blocos em arranjos diversos vão sair em julho, nos dias 16 e 17, exercendo seu direito legítimo de manifestação cultural garantido pela constituição", destaca o manifesto.

“O prefeito Ricardo Nunes logo após a notícia de que o edital de patrocínio tinha fracassado pela segunda vez, empurrou para os vereadores o custo da festa via emenda parlamentar. O Carnaval de rua que movimentou em 2020, 3 bilhões de reais, ficou na espera de contribuições que não vieram como se pedissem esmolas. O Carnaval de rua impacta na arrecadação de impostos e colocou São Paulo como uma das cidades mais procuradas pelos turistas que aqui chegam em busca de um Carnaval de rua plural, democrático, divertido e organizado”, completa o texto.

A associação ainda ressaltou que tiveram apenas uma reunião para tratar sobre o tema, o encontro aconteceu em 6 de julho. A nota diz que a secretária Aline Torres afirmou que o Carnaval de julho seria realizado mesmo sem patrocinador.

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