Marcelo Tas conversa no Provoca desta terça-feira (6) com o ator Antonio Fagundes. A edição vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.
No bate-papo, o intérprete de Dom João VI na nova minissérie da TV Cultura, “IndependênciaS”, comenta sobre sua atuação como rei e a produção dirigida por Luiz Fernando Carvalho, a saída da TV Globo, como é trabalhar com as ex-mulheres e a atual, sua isenção partidária, entre outros assuntos.
Ao ator, o apresentador pergunta se o nome da série já é uma provocação e ele comenta: “A história é do povo e não de um governo, não é de ninguém”. Tas provoca: do que nós estamos independentes? "Desse poder que quer se apropriar, quer dizer que foi assim, não, nós não sabemos exatamente como foi e precisamos investigar, ir atrás, e trazer novas versões, visões. Qual é o ponto de vista do negro escravizado? Nós não temos esse registro, foi apagado da história do Brasil", expõe.
Leia também: “Raul Seixas não conseguiu se enquadrar na indústria musical”, afirma Pondé
Ele também conta como foi entrar na pele do rei Dom João VI. "É uma visão diferenciada de D. João VI, a gente queria tirar e acho que conseguimos fazer isso, a imagem caricatural dele, que é sempre comendo galinhas, cheio de gordura e meio bobo, e ele podia ter sido tudo na vida, menos idiota. Ele era um homem do seu tempo. O único monarca da Europa que resistiu e sobreviveu (...) a grande fuga de Portugal foi um golpe que D. João deu em Napoleão (...) é uma novidade essa visão que a gente vai trazer de que Dom João VI não é bem aquela caricatura que nós engolimos durante décadas".
Sobre sua saída da Globo, diz que acha legal a vida fora da emissora depois de 44 anos, mas vê um risco da TV aberta enfraquecer ou até desaparecer e o streaming não dar certo. Ele ainda fala sobre a diferença entre paixão e amor, e conta como é trabalhar com as ex-mulheres e a atual. “Quando o amor termina, a amizade não precisa terminar”.
Por fim, Marcelo Tas pergunta o porquê do ator não fazer mais campanha política. “Deixei de me engajar partidariamente. Eu já fui muito usado em campanha e depois que ajudei a colocar a pessoa lá, não fui mais ouvido”, explica o ator.
REDES SOCIAIS