Duas mostras individuais e outras duas coletivas entram em cartaz esta semana na programação do Sesc. As obras dos artistas Sidney Amaral e Marcela Cantuária, que possuem um viés crítico e anticolonial, são apresentadas respectivamente no Sesc Belenzinho e no Sesc Pompeia.
Também no Pompeia será realizada a exposição “A Parábola do Progresso”. Por fim, no Sesc Carmo, a exposição “Margens de 22: presenças populares” exalta grupos sociais e expressões artísticas que foram excluídas da narrativa de modernidade de São Paulo, embora sejam peças chaves do processo de urbanização da cidade.
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“Viver até o fim o que me cabe!” – Sidney Amaral: uma aproximação
Com curadoria de Claudinei Roberto da Silva, a exposição que está aberta ao público desde esta quarta-feira (26), busca ampliar o diálogo do público com o trabalho do artista contemporâneo que faleceu de forma precoce, mas deixou um legado que alarga a reflexão sobre a diáspora africana. Por meio de técnicas e materiais variados – como desenhos a grafite, pinturas com acrílica, aquarelas e esculturas –, ele aponta para a aspereza de uma sociedade marcada pelo trauma da escravidão, do genocídio das populações negras e do racismo estrutural.
O período expositivo vai até o dia 26 de fevereiro, e o funcionamento é de terça-feira a sábado, das 10h às 21h. Domingos e feriados das 10h às 18h.
A Parábola do Progresso
A partir desta quinta-feira (27) até dia 10 de abril, o Sesc Pompeia recebe a exposição “A Parábola do Progresso”, em sua área de convivência. Com coordenação curatorial de Lisette Lagnado e os curadores associados André Pitol e Yudi Rafael, marca o 40º aniversário da unidade, inaugurada em 1982.
Com o objetivo de discutir o legado de Lina Bo Bardi para a unidade, a curadoria traz outras referências para somar camadas vivenciais e sociais ao projeto. Sendo assim, cinco territórios dialógicos participam da exposição: o Acervo da Laje, em Salvador, a Aldeia Kalipety e a Casa do Povo em São Paulo (SP), o Quilombo Santa Rosa dos Pretos em Itapecuru Mirim (MA) e o Savvy Contemporary – The Laboratory Of Form-Ideas, em Berlim, na Alemanha.
O horário de visitação é de terça-feira a sábado, das 10h às 21h. Domingos e feriados das 10h às 18h.
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Margens de 22: presenças populares
Com curadoria de Joice Berth, Alexandre Araujo Bispo e Tadeu Kaçula, estará aberta à visitação entre os dias 28 de outubro a 24 de fevereiro no Sesc Carmo. A exposição propõe-se a explorar o conceito de “modernidade” a partir de múltiplos cenários da vida urbana da capital.
Desse modo, a mostra indaga quais e quem foram os agitadores de relevância para a composição cultural da metrópole, e passa por temas como a cultura infantil, a maternidade negra, a fé e os festejos e a classe trabalhadora, que tanto contribuiu para a construção da identidade paulistana.
As visitas podem ser feitas de segunda-feira a sexta-feira, das 10h às 19h – exceto feriados.
Projeto Ofício: Mancha: Marcela Cantuária: Propostas de reencantamento
A artista carioca Marcela Cantuária apresenta “Propostas de reencantamento” no Sesc Pompeia a partir do dia 29 de outubro. Inédita, fica em cartaz até 29 de janeiro e integra o projeto “Ofício: Mancha'', uma iniciativa do Sesc São Paulo que tem o propósito de apresentar e investigar práticas do fazer artístico.
Cantuária se destaca no cenário da arte contemporânea com um trabalho pictórico que aproxima imagens históricas de fundo político a referências da cultura visual atual. Sua pesquisa se debruça sobre as lutas das mulheres ao redor do mundo, elaborando narrativas de enfrentamento do machismo e da misoginia.
O horário de visitação é de terça-feira a sábado, das 10h às 21h. Domingos e feriados das 10h às 18h.
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