Ingrid Silva, bailarina brasileira e integrante do grupo Dance Theatre do Harlem, contou em suas redes sociais que foi vítima de racismo nos Estados Unidos.
De acordo com ela, enquanto estava em um parque na cidade de Filadélfia com o marido e a filha conversando em português, encontraram um americano que falava a língua brasileira e a questionou se estava lá para trabalhar como faxineira.
"Em 14 anos morando em Nova York eu nunca conversei com alguém que simplesmente assumisse, por eu ser uma mulher preta, que eu estaria limpando. Ou verbalizasse isso. Nada contra as pessoas que limpam, de jeito nenhum, minha mãe foi empregada doméstica, mas eu nunca imaginei que alguém iniciaria uma conversa desta forma”, expõe.
“Por eu ser uma mulher preta, foi isso que ele associou. Ele não me associou com uma presidente do Brasil, a presidente dos Estados Unidos, ou uma diretora de uma grande empresa, uma CEO, e até uma bailarina clássica. Ele ficou surpreso", desabafa.
Autora do livro biográfico “A Sapatilha que Mudou Meu Mundo”, Ingrid é uma das figuras mais importantes do balé mundial e a primeira brasileira a entrar para o Dance Theatre of Harlem. Ela passou 11 anos pintando suas sapatilhas rosas (que eram feitas para pessoas brancas) até que fabricassem da cor de sua pele. Depois, um par das suas virou peça do Museu Nacional de Arte Africana Smithsonian.
Leia também: Paramount+ edita pôster de "O Dono de Kingstown" após acidente de Jeremy Renner
REDES SOCIAIS