Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Foto: Acervo MASP
Foto: Acervo MASP

O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) apresenta no mês de junho dois novos cursos online de estudos críticos, organizados pelo MASP Escola.

São eles: “Arte contemporânea paraense: leituras e escrituras híbridas”, com Mateus Nunes, de 1 a 27 de junho, e “Arte africana: do 'objeto de culto' ao cubismo”, com Renato Araujo, de 7 a 28 de junho.

De programa intensivo, tem como objetivo ser um espaço de debate sobre as intersecções entre a arte e as questões políticas e sociais de peso na atualidade. As aulas também transitam pelos assuntos propostos pelos ciclos temáticos que pautam o programa de exposições do museu a cada ano.

O curso “Arte contemporânea paraense: leituras e escrituras híbridas” apresenta e discute o panorama atual da arte contemporânea produzida no estado do Pará, por meio da análise de imagens, poéticas e narrativas a partir de mecanismos de leituras e escrituras híbridas.

Serão debatidas obras de mais de 50 artistas e coletivos paraenses em múltiplas plataformas, de pintura e fotografia a performance e cinema. Conta com conferências de quatro artistas, ativistas e curadoras convidadas: Nay Jinknss, Rafael Bqueer, Jorane Castro e Moara Tupinambá, cada uma com uma aula temática.

Leia também: Primeira edição do Cinema no Parque irá acontecer neste final de semana no Museu Catavento

Já o curso “Arte africana: do 'objeto de culto' ao cubismo” traz os temas mais relevantes nas áreas de arte e etnologia africanas a partir de sua história dentro e fora do continente, isto é, sua internacionalização e o efeito colateral não esperado do arejamento estético nas artes europeias.

Os objetivos serão de compreender como se originou o processo de transformação da arte africana nos séculos 19 e 20, identificar os diferentes métodos de abordagem (artístico e etnográfico), introduzir os padrões artísticos de máscaras e estatuetas e entender como estas peças africanas inspiraram o modernismo europeu.

Todos os cursos do MASP Escola oferecem bolsas de estudo e descontos para professores da rede pública em qualquer nível de ensino mediante processo seletivo após inscrição, além de 15% de desconto para AMIGO MASP. As aulas dos cursos online serão ministradas por meio de uma plataforma de ensino ao vivo.

O link será compartilhado com os participantes após a inscrição. Estes cursos serão gravados e cada aula ficará disponível aos alunos durante cinco dias após a realização da mesma. Os certificados de todos os cursos serão emitidos para aqueles que completarem 75% de presença.

Confira a programação completa:

“Arte contemporânea paraense: leituras e escrituras híbridas”

No total, serão oito aulas, às terças e quintas, das 19h às 21h. Serão debatidas obras e seus artistas em múltiplas plataformas artísticas.

O Pará é fruto de hibridismos culturais únicos, desde as sólidas tradições indígenas, a invasão européia, a presença negra e asiática, o impulso de modernidade pelo ciclo da borracha, o posterior declínio econômico e a sua atual reinvenção. Dessa forma, o que faz com que a produção paraense, ao mesmo tempo, se diferencie e se integre ao cenário brasileiro?

O curso busca abordar esta questão, discutindo sobre os hibridismos culturais que constituem a sociedade paraense e que são materializados nesta produção artística, rompendo com estereótipos de exotismo e preconceitos regionalistas. As aulas pretendem observar, com um olhar atento e transdisciplinar, temas como a constituição de uma estética híbrida, narrativas nativas, relações do indivíduo com a paisagem, resistência e ativismo, e questionamentos sobre invisibilidade regional.

Investimento: O público geral poderá pagar o valor total do curso em em 5x de R$ 76,80, enquanto o Amigo MASP em 5x de R$ 65,28. Clique aqui e se inscreva.

Leia também: Anitta se torna a primeira artista brasileira a cantar na Libertadores e na Champions League

“Arte africana: do 'objeto de culto' ao cubismo”

Com quatro aulas no total, todas elas serão realizadas às quartas, das 19h às 21h.

Este curso pretende estabelecer um panorama histórico da arte africana. Neste percurso, busca-se identificar como e porque os objetos africanos e de povos do Pacífico foram inicialmente caracterizados pelos europeus como "objetos de culto" e de "cultura material" no período pré-colonial para em seguida serem chamados de "objetos de arte" na Europa colonial e pós-colonial.

Nele, o público terá uma introdução aos padrões artísticos de máscaras e estatuetas, entre outros objetos africanos e do Pacífico, em paralelo às suas menções formais no Ocidente, quando inspiraram movimentos artísticos dentro do modernismo europeu, desde Picasso (1881-1973), Kandinsky (1866-1944), Braque (1882-1963) e outros modernistas fora do circuito principal do Cubismo, além de Modigliani (1884-1920), Giacometti (1901-1966) e outros artistas como Paul Gauguin (1848-1903), que ampliaram o conceito regional da dita "arte negra" (incluindo neste “perspectivismo” povos negros do Pacífico) em conciliação ou contraposição com a sequência histórica de manifestações artísticas da África e das Afro-Américas.

Investimento: O público geral poderá fazer o pagamento total em 5x de R$ 48, enquanto o Amigo MASP em 5x de R$ 40,80. Clique aqui e se inscreva.