Marcelo Tas entrevista, no Provoca, Maurício de Sousa, um dos mais famosos cartunistas do Brasil, criador da Turma da Mônica e membro da Academia Paulista de Letras. Ele fala no bate-papo sobre a infância, início de carreira, os ‘nãos’ que recebeu, canta um trechinho da canção Granada, e muito mais. O programa vai ao ar na TV Cultura nesta terça-feira (27), a partir das 22h.
Em um momento do programa, Tas pergunta se Maurício recebeu muito não.
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“Recebi alguns nãos sonoros, para não dizer gritantes. O primeiro foi na Folha de S.Paulo. Vim de Mogi das Cruzes, com uma pasta cheia de desenhos que minha mãe tinha visto e achado bonito (...) mostrei meus desenhos para o diretor de arte, ele deu uma olhada, fechou e falou: “menino, faz outra coisa na vida, esquece de desenho que não dá dinheiro pra ninguém”. A pessoa que me disse isso era um dos dois, três maiores ilustradores do Brasil”, conta.
Ao sair da redação, o cartunista conta para Tas que encontrou um jornalista que falou que ele havia mostrado seus desenhos para uma pessoa que não o conhecia e sugeriu para Maurício começar a trabalhar lá em qualquer coisa, fazer amizades e depois mostrar os desenhos para amigos, colegas.
“Eu segui o que ele falou, ele me deu um trabalho de copidesque (...) virei repórter policial depois de um tempo; meu texto era muito sofisticado para reportagem policial, (...) fui pro coloquial, que me ensinou a caber o texto no balãozinho de história em quadrinhos. Então estava tudo aberto para eu criar a primeira historinha, mostrei para os amigos da redação, eles publicaram e pagaram (...) eu quero ser desenhista de história em quadrinhos”, disse na época.
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