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Mark Ruffalo critica postura de Lula na Cúpula da Amazônia: “Não podemos permitir atrasos”

Ator não gostou do fato do texto final da declaração não estabelecer prazos e metas para frear o desmatamento


10/08/2023 18h09

O ator norte-americano Mark Ruffalo usou as redes sociais nesta quinta-feira (10) para criticar a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Cúpula da Amazônia, que aconteceu em Belém (PA) na última quarta (9). De acordo com o artista, faltou o brasileiro propor metas reais para proteger a Floresta Amazônica.

“Você é um dos meus heróis, Lula, mas me parte o coração ver que a Declaração na Cúpula em Belém não tem objetivos concretos para proteger a floresta tropical. A emergência da Amazônia é uma emergência climática e não podemos permitir atrasos”, escreveu.

No evento, as lideranças fecharam o texto final da declaração de Belém, mas não estabeleceram prazos e metas para frear o desmatamento. O documento, assinado pelas lideranças do países amazônicos, será um plano de ação detalhado e abrangente para o desenvolvimento sustentável.

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O ator ressaltou que a Cúpula estabeleceu metas de proteção para os povos indígenas, mas não é o suficiente para “parar o colapso”.

Por outro lado, Ruffalo elogiou a postara do presidente colombiano Gustavo Petro. Em seu discurso, pediu pelo fim da extração de petróleo na Amazônia e definiu uma meta para proteção da floresta.

“Sob o presidente Gustavo Petro, a Colômbia é a primeira nação amazônica a apoiar o que a ciência exige: uma meta de proteger 80% da floresta tropical até 2025 e um apelo para interromper a extração de petróleo na Amazônia. Esse é precisamente o tipo de liderança que a humanidade precisa”, completou.

Presente à cúpula, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reconheceu as divergências, mas defendeu o direito do Brasil em explorar seus recursos.

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“Apesar das contradições e natural das divergências, nós precisamos explorar os minerais críticos, de forma adequada e ambientalmente sustentável e ambientalmente correta para fazer a transição energética. Não se faz transição energética, por exemplo, sem o lítio, sem o nióbio (...) não se pode negar ao povo brasileiro o direito de conhecer as suas potencialidades”, comentou.

Ao final, Ruffalo afirmou que Lula tem potencial maior do que Petro, pois o Brasil é o país com a maior extensão da Amazônia, e pediu para ter mais “ousadia” na Assembleia Geral das Nações Unidas, que começa no dia 5 de setembro.

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