Dj brasileiro Antdot avalia atual momento da carreira e exalta parceria com Maz: “Conexão fora das pistas”

Uma dupla que o fã de música eletrônica brasileira aprendeu a amar. Nos últimos meses, Antdot, alterego de Bruno Gustavo, e Maz, a persona artística de Thomaz Prado, estão viajando por todo Brasil com suas apresentações de house music, com pitadas de afrohouse.

No último final de semana, a dupla retornou a São Paulo para uma apresentação de duas horas no Brunch Electronik, que aconteceu no Parque Villa-Lobos, zona oeste da capital. O set estava com seus principais remixes, como “Banho de Folhas”, “Povoada”, “Bad Love” e “Sky Father”.

Após o show, a reportagem da TV Cultura pode conversar com Antdot. Maz precisou deixar o local rapidamente para uma outra apresentação em Gramado, no Rio Grande do Sul. Com o sucesso do projeto, o Dj revelou que passa mais tempo com o parceiro de palco do que com os próprios pais.

“Pior que estou vendo mais o Maz. Muito mais. Não só pelas apresentações, mas também trabalho no estúdio”, revelou bem humorado.

A prova que o trabalho da dupla está fazendo sucesso foi a agenda na última semana. Os dois estiveram no Hi Ibiza, club espanhol considerado o melhor do mundo. Além de mostrar para o público internacional o trabalho feito no Brasil, ele revelou que o contato com artistas diferentes o ajudam a produzir material novo.

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“Voltei da Europa agora com outra cabeça. Outra mentalidade. Vou testar sonoridades novas, eu ouvi muitos artistas diferentes. Isso é muito legal e acaba alimentando a gente. Não vejo a hora de voltar, mas o Brasil tem um lugar especial no meu coração”, contou.

No mundo da música eletrônica, é muito comum a apresentação em duplas. Entre os brasileiros, destaque para os projetos Cat Dealers, formado pelos irmãos Pedro Henrique e Luiz Guilherme Cardoso, Chemical Surf, de Lucas e Hugo Sanches, e Binaryh, do casal Camila Giamelaro e Rene Castanho.

Apesar de parecer difícil, Maz e Antdot fazem o trabalho em conjunto parecer simples. Os dois possuem interesses em comum fora da música eletrônica e o entrosamento nas produções é bem grande.

“É uma relação de amizade. A gente tem uma conexão fora das pistas, ele é do surfe, eu sou do skate. Ele é o meu irmão. A gente se dá superbem, o trabalho flui automaticamente”, disse.

A parceria deu tantos frutos que investiram na Dawn Patrol Records, uma gravadora própria para lançar suas músicas e dar oportunidade para novos talentos da cena.

“Já produzo há dez anos e me preparei para esse momento. Vou preparado para os shows com as minhas músicas separadas. Isso é muito legal”, concluiu.

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