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Foto: Fabiana Figueiredo\ divulgação
Foto: Fabiana Figueiredo\ divulgação

Arnaldo Baptista, multi-instrumentista e um dos fundadores dos Mutantes, abre o jogo sobre a produção do seu livro ‘Ficções completas’, obra que reúne toda ficção científica que escreveu em meados dos anos 1970. Em entrevista ao jornal O Globo, o artista, de 75 anos, afirmou que pretende “alcançar o maior número possível de almas” com o exemplar.

Em ‘Ficções Completas’, que possui selo Grafatório, estão agrupados os contos inéditos “O abrigo” e “The Moonshiners” e a novela “Rebelde entre os rebeldes”. Segundo Arnaldo, na sua obra são retratados elementos como: naves espaciais, alienígenas, filosofia, misticismo, motocicletas e supercomputadores.

Para Baptista, dificilmente algum outro livro de ficção científica, produzido a partir de 2023, vai fazer jus à sua produção. “Isso porque a maior parte do pessoal aqui do Brasil é careta e religiosa. O que eu tento falar sobre o nosso país é que como seria bom se a gente tivesse mais eletricidade solar grátis, mais automóveis elétricos, se a gente se aprofundasse no conhecimento compartilhado”, declara.

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Sobre 'Rebelde entre os rebeldes', o ex-mutante contou que o texto possui personagens baseados em pessoas em que convivia na década de 70. “Horácio (um supercomputador) era o meu avô, ele foi prefeito de Avaré. Mauro era o nome do meu mecânico de corridas de motocicleta. Eu estava decepcionado com o governo e pensei em ir embora do Brasil, então, peguei a moto com um amigo e a gente saiu. Viajamos uns 22 mil quilômetros até chegar ao Panamá e, de lá, eu voltei, porque tinha o lançamento do LP dos Mutantes. Esse meu amigo foi até o Alaska”, explica Arnaldo.

Álbum inédito

Para o O Globo, Arnaldo Baptista revelou que segue em produção de um novo álbum, só com músicas inéditas. O disco, que ainda não tem data de lançamento, está na fase da gravação da bateria e do baixo.

“Está sendo ótimo fazer esse disco. Eu tenho os instrumentos com que sonhei a vida inteira, o contrabaixo Gibson, a guitarra Gibson, a bateria Ludwig, órgão com som de Hammond... eu só tenho que me manter consciente do que estou fazendo. Até já pintei a capa do disco, que vai se chamar “Esphera”. Com ele, estou lançando a ideia do som espherophônico. Você tem alto-falantes em baixo, em cima, dos lados, atrás e na frente, como se você estivesse dentro de uma esfera de som”, contou Baptista.

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