No Provoca desta terça-feira (16), Marcelo Tas recebe Alexandre da Silva, secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. O programa vai ao ar a partir das 22h, na TV Cultura.
Na edição, o especialista em envelhecimento aborda questões como a exclusão social das pessoas idosas, o alto índice de analfabetismo nesta faixa etária e as questões psicológicas por trás de comportamentos típicos.
De acordo com o Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf), cerca de 60% dos idosos brasileiros são analfabetos ou tem baixa escolaridade.
Alexandre fala sobre o impacto dessa realidade em um mundo, majoritariamente, digital: “pensando em um mundo digital, é necessário pensar não só na inclusão digital da pessoa idosa, mas em um bom letramento. Ao mesmo tempo, a gente quer garantir o mínimo de quem fala ‘tá bom, mas eu não quero, quero ainda agência, papel, quero informação simples’. Às vezes a pessoa liga para um serviço e fala: 'não é que eu não estou ouvindo, é que eu não estou entendendo’.”
Além disso, o entrevistado chama a atenção para a necessidade de se ter um propósito de vida.
“Quando você acorda hoje, você tem um propósito de vida, eu tenho um; ele pode ser atualizado, ele pode ser repensado, mas [sem ele] é como uma morte social de 'eu não sirvo para mais nada, não tenho mais nada para fazer'."
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O secretário traz ainda a questão da diferença de longevidade a depender do grupo e condição social a qual o indivíduo pertence: “para uma pessoa travesti, hoje, envelhecer, para ela é chegar aos 35 ou 40 anos. Veja só, para um homem preto é, talvez, 50 anos, um pouquinho mais; e às vezes para uma outra pessoa, socioeconomicamente mais privilegiada, é chegar aos 80 anos com os seus companheiros e companheiras”.
Assista à última exibição do Provoca:
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