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Reprodução/Instagram/@mochakk
Reprodução/Instagram/@mochakk

O primeira dia do festival Time Warp aconteceu na noite última sexta-feira (3) no Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista. Mais de 20 artistas se apresentaram em três palcos diferentes. Destaque para o brasileiro Mochakk, que fez dois shows (um sozinho e outro ao lado do vencedor do Grammy Black Coffee), e para o projeto I Hate Models, com um set enérgico de três horas de duração.

É a sexta vez que o festival desembarca no Brasil. A primeira foi em 2018 e só deixou de acontecer nos anos mais intensos da pandemia da Covid-19 (2020 e 2021). A festa já está bastante consolidada do país. Prova disso é que houve uma mudança severa de local (saiu de Interlagos e foi para o centro da cidade) e o público compareceu em grande número.


A festa ainda não acabou e continua na noite deste sábado (4). Sven Vath, Hot Since 82 e WhoMadeWho são apenas alguns dos artistas que se apresentam hoje.

Brasileiros abrindo o festival

Ficaram nas mãos dos brasileiros abrir a edição especial de 30 anos do Time Warp. Mari Boaventura, Marta Supernova, Valentina Luz, Eli Iwasa, Vermelho foram os responsáveis pela discotecagem na abertura dos portões.

Alguns desses nomes já tinham experiência de Time Warp. Foi a segunda vez que Vermelho apareceu no line-up. O residente da ODD, coletivo de música eletrônica de São Paulo, se sentiu em casa ao tocar no centro da cidade. Ele esteve na pista 3, uma das novidades para a edição deste ano.


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Na pista 1, também conhecida como cave, Eli Iwasa fez uma apresentação em conjunto com Valentina Luz. As duas também são muito populares na cultura club de São Paulo e mostraram entrosamento no B2B.

O mais interessante foi a forma como elas fizeram para incendiar a pista. Além do som, com graves muito fortes, elas eram muito animadas na cabine. Valentina até chegou a subir na mesa e dançou junto com o público.


Mistura de gerações do techno

Outros três DJs se apresentaram na tenda. Logo após as brasileiras, HAAi assumiu o comando da pista. A australiana é uma das estrelas da nova geração do techno. E o fato dela não se prender ao gênero é uma das suas principais valências. Durante o set, ela se arrisca e faz testa muitos sons diferentes. E deu certo. O público vibrou durante o show.

O que também ajudou a australiana foi o tempo de apresentação. Ela teve duas horas e meia de show. Então, não fica limitada aos hits, como “Lights Out”, sua parceria com Fred Again…, ou “Be Good”. A DJ agitou o público com “Pump the Rhythm”, de Vromo, e também com o remix Maruwa para “Rave History”, de Catz ’N’ Dogz.


Em seguida, foi a vez de Richie Hawtin entrar em cena. Se HAAi representa a nova geração, ele é um dos maiores nomes da cena. São mais de 30 anos de carreira e carrega uma legião de fãs por todo mundo.

Mesmo com um pequeno problema de áudio no início da apresentação, ele manteve a pista fervendo por duas horas. 

 Fechou o dia o projeto I Hate Models, que teve, nada mais nada menos, três horas de show. Assim como HAAi, a apresentação maior permite o DJ mostrar todas as suas faces artísticas. Ele dominou a pista. Era 8h e o público mostrava que tinha disposição para mais.   

House na pista 2

Você sabia que apenas na edição brasileira do Time Warp há um palco sem uma cobertura? É o nosso diferencial. Para esse ambiente, a organização escolheu artistas mais voltados para o house music. Isso faz com que as duas pistas tenham públicos diferentes. Não há nada de errado nisso.

Primeiro destaque vai para TSHA, que representou a Defected Records na festa. Além de tocar suas próprias produções, como “Sweet Devotion”, também fez remixes com funks brasileiros. Um dos vocais usados foi de “Garrafa Transparente”, de MC LF.

Aos poucos, a pista foi enchendo até não sobrar mais espaço. A expectativa era por Mochakk. O brasileiro arrasta multidões por onde passa. Uma das maiores revelações da cena nos últimos anos.

Uma das suas principais características é adaptação. Ele consegue entregar sets com características diferentes e manter o alto nível. Na madrugada de sábado (4), investiu em clássicos do house, como o remix de “I Found Love” de Derrick Carter, e “Melondrop”, de Cratebug. Além disso, mostrou que está completamente antenado com o atual momento. Para entrar no hype, tocou um remix de “Vogue”, de Madonna, que fará um show em Copacabana na noite de hoje.


O mais engraçado é que ele deu a dica nas redes sociais.


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Na reta final, deu espaço para tocar suas principais produções, como “Jealous” e “Da Funk”.

O encerramento na pista 2 ficou nas mãos de Black Coffee. O DJ sul-africano mostrou porque é a referência do afrohouse e desfilou todo seu repertório. Por fim, tocou junto com Mochakk por mais uma hora. Para os fãs de house, foi a melhor foram de encerrar o primeiro dia do festival.