Marcelo Tas entrevista a atriz, cantora e comediante Alessandra Maestrini na edição do Provoca desta terça-feira (23). O programa vai ao ar na TV Cultura, às 22h.
Na edição, a artista relembra o sucesso de sua personagem Em Toma Lá Da Cá, a empregada Bozena, de Pato Branco; fala sobre o Som e a Sílaba, comédia dramática musical que conta a história de uma autista que canta ópera e virou série da Disney+; sobre os motivos que a levaram a se declarar bissexual, em 2014; sobre sua busca em ser ela mesma, o que é ser versionista, do que tem medo, e muito mais.
Ela diz quais foram as percepções que o mundo singular do TEA (Transtorno do Espectro Autista) casou nela ao viver a personagem autista Sarah Deighton, no musical O Som e a Sílaba. “Eu me identifiquei muito, quero dar uma pesquisada para saber se não tenho tracinhos (...) o espectro é grande e as pessoas têm a sua neuroidentidade própria, mas você pode ter traços de uma coisa e de outra (...) eu tenho diagnóstico de TDAH que tem uma intersecção com autismo, eu tenho hiperfoco, tenho hipersensibilidade sensorial de som e de luz”.
Sobre ter assumido ser bissexual publicamente em 2014, ela diz: “eu estava sacando tanto fisicamente quanto subjetivamente que eu estava me matando por não estar sendo eu”, explica.
Em outro momento da entrevista, Tas fala sobre todas as habilidades de Alessandra, como atriz, cantora, compositora, poeta, diretora, produtora, dramaturga, ativista, tradutora e versionista. E pergunta: o que é uma versionista? “É uma pessoa que traduz para um idioma que não é o seu. Eu versei 10 músicas do Chico Buarque para o Inglês. As palavras deles têm menos sílabas (...) eu mandei para ele por e-mail e eu tenho o e-mail do Vinicius França que é empresário dele, com ele dizendo assim: ‘o Chico mandou dizer que a sua versão tá melhor do que a original’”.
Por fim, Alessandra conta do que tem medo. “Eu vou revelar um medo, de uruca (...) mas eu acho que a uruca é muito da nossa própria cabeça (...) eu vou contar um medo que eu falei uma vez em uma entrevista e que eu achei que se materializou (...) pra mim é importante ter ambientes que não são barulhentos, barulho me tira do sério (...) mas dali pra diante era um tal de obra em tudo quanto é lugar que eu me mudava. Obra, obra, obra, obra, obra (...) não tem um lugar mais de silêncio no planeta Terra. O que eu fiz? Eu materializei!", diz.
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