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Reprodução/IMDb
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A história dos crimes brutais cometidos por Francisco de Assis Pereira, conhecido como o 'Maníaco do Parque', chega nesta sexta-feira (18) ao catálogo do Amazon Prime, em um filme que revive um dos episódios mais chocantes da crônica policial brasileira.

Na década de 1990, o estado de São Paulo foi abalado por uma série de desaparecimentos e assassinatos de mulheres, principalmente na zona sul da capital, área onde o homem agia.

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Os crimes

Entre 1997 e 1998, Pereira abusou e matou diversas mulheres, atraídas sob o falso pretexto de sessões fotográficas ou passeios tranquilos pelo Parque do Estado, uma grande área verde localizada na zona sul de São Paulo. 

Ele fingia ser um caça-talentos, prometendo às vítimas a oportunidade de seguir carreira de modelo. Ao todo, ele confessou ter matado 11 mulheres e atacado 23. Sete das mortes estão confirmadas na condenação.

As vítimas

As mulheres assassinadas tinham em comum a juventude e o local onde foram encontradas: todas tinham menos de 25 anos e foram mortas no parque.

Entre as vítimas identificadas, estão: Patrícia Gonçalves Marinho24, que desapareceu em abril de 1998 e teve seu corpo encontrado meses depois, estrangulada com cadarços de suas próprias botas, e Selma Ferreira Queiroz, 18, que foi assassinada de forma brutal, com sinais de espancamento e violência sexual, além de marcas de mordidas no corpo. Outras vítimas, como Isadora Fraenkel e Rosa Alves Neta, também foram mortas de forma violenta, com seus corpos encontrados na mesma região.

A prisão e o julgamento

Após uma série de investigações, Francisco foi preso em agosto de 1998, na cidade de Itaqui, no Rio Grande do Sul. A captura ocorreu após o retrato falado, baseado em descrições de sobreviventes, ser amplamente divulgado. O julgamento, que atraiu a atenção da mídia e da sociedade, revelou detalhes perturbadores dos crimes. Embora a defesa tenha tentado alegar problemas mentais, o criminoso foi condenado a 268 anos de prisão.

Entrevista reveladora

Em entrevista concedida à Folha de S.Paulo em 2001, ele descreveu com frieza os momentos dos assassinatos, comparando-se a um “leão se aproximando da presa”: “Me aproximava das meninas como um leão se aproxima da presa. Eu era um canibal. Jogava tudo o que eu podia para conquistá-la e levá-la para o parque, onde eu acabava matando e quase comendo a carne. Eu tinha uma necessidade louca de mulher, de comê-la, de fazê-la sentir dor. Eu pensava em mulher 24 horas por dia”.

A trajetória pós-condenação

Atualmente, ele cumpre pena em um presídio no interior de São Paulo, isolado dos demais detentos, preferindo o isolamento, e passa seus dias bordando tapetes e toalhas. Relatos indicam que adotou uma postura discreta, passando boa parte do tempo lendo a Bíblia e frequentando cultos evangélicos.

O filme sobre o caso promete trazer à tona os detalhes sombrios da história que abalou São Paulo, relembrando o clima de terror instaurado pelos crimes do Maníaco do Parque.

Assista ao trailer do filme:

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