Karla Sofía Gascón exclui conta no X após resgate de posts polêmicos
Em algumas das postagens, atriz reclama da presença de muçulmanos na Espanha e critica representatividade no Oscar
31/01/2025 15h40
Após ser acusada de preconceito por causa de uma série de tuítes antigos, a atriz Karla Sofía Gascón excluiu sua conta do X, antigo Twitter, nesta sexta (31).
“Não posso mais permitir que essa campanha de ódio e desinformação afete a mim e minha família, então, a pedido deles, estou fechando minha conta no X. Fui ameaçada de morte, insultada, abusada e assediada até a exaustão. Tenho uma filha maravilhosa para proteger, a quem amo loucamente e que me apoia em tudo", declarou ao The Hollywood Reporter.
Na manhã de hoje, ela já havia pedido desculpas por mensagens consideradas por internautas como racistas, xenofóbicas e intolerantes.
“Como alguém em uma comunidade marginalizada, conheço muito bem esse sofrimento e lamento profundamente àqueles que causei dor. Durante toda a minha vida, lutei por um mundo melhor. Acredito que a luz sempre triunfará sobre a escuridão”, manifestou em comunicado à revista norte-americana Variety.
Protagonista do filme ‘Emilia Pérez’ e primeira atriz trans indicada ao Oscar, Karla teve posts antigos revisitados após uma declaração polêmica sobre Fernanda Torres.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, a espanhola afirmou que pessoas que trabalham com a atriz brasileira falam mal dela e de ‘Emilia Pérez’.
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Conteúdo dos tuítes
Em algumas das postagens, Karla reclama da presença de muçulmanos na Espanha e critica ações de representatividade no próprio Oscar.
“Perdão, é impressão minha ou cada vez há mais muçulmanos na Espanha? Cada vez que vou buscar minha filha na escola há mais mulheres com os cabelos cobertos e as saias baixas até os calcanhares. Talvez, no ano que vem, em vez de inglês tenhamos que ensinar árabe… e um cordeiro”, escreveu a artista em um post de novembro de 2020.
Sobre o prêmio da Academia, a atriz escreveu: “Cada vez mais o Oscar se parece uma entrega de prêmios de cinema independente e de cinema reivindicativo, não sabia se eu estava vendo um festival afro-coreano, uma manifestação BlackLivesMatter (Vidas Negras Importam) ou o 8M. Além de uma gala feia. Faltou dar um prêmio para o curta do meu primo, que é manco”.
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