Gerson falta ao depoimento, e STJD vai fechar o caso de injúria racial contra o jogador do Flamengo

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) informou, nesta quarta-feira (3), que vai fechar o inquérito de injúria racial por parte do de Juan Pablo Ramírez, do Bahia, contra Gerson, do Flamengo, sem ouvir os jogadores do clube carioca. O prazo de conclusão do caso termina em 11 de fevereiro.

Os depoimentos de Gerson, Bruno Henrique e Natan, três jogadores do Flamengo que acusaram Ramírez de racismo, eram para ter acontecidos na manhã desta quarta-feira (3). Mas nenhum deles compareceu ao Tribunal. Segundo o clube, os atletas estão concentrados para a partida contra Vasco, que acontece quinta (4), e não podem deixar o lugar por conta do protocolo da competição.

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O Flamengo encaminhou para o STJD, na noite de terça-feira (2), um pedido de adiamento dos depoimentos. Mas ele foi negado. Foi a segunda vez que o clube tentou mudar a data da audiência. Na outra ocasião, o tribunal sugeriu que a audiência fosse online, mas o clube propôs que fosse mantida presencialmente.

O Tribunal seguiu os mesmos critérios usados com Ramírez e Mano Menezes, ex-treinador do Bahia e que também está sendo investigado neste caso. Os dois pediram adiamento dos depoimentos e também foram recusados. Eles vão depor em uma transmissão online horas antes da partida de hoje do clube baiano contra o Fluminense.

O que causou estranheza entre os auditores é que foi o Flamengo que entrou com a denúncia e concordou em marcar os depoimentos nesta data.

Sobre o caso

Durante partida válida pelo Campeonato Brasileiro, em 20 de dezembro, Gerson afirmou ter ouvido Ramírez dizendo "cala a boca, negro". O jogo em questão era Flamengo contra Bahia, que terminou em 4x3 para o time carioca. 

Gerson também cobrou respeito de Menezes, que, segundo ele, teria minimizado o acontecido.

Em nota, o Bahia afirmou que o "atleta Indio Ramírez nega veementemente a acusação e a ele está sendo dada a oportunidade de se defender de algo tão grave". O time ainda completou que entende ser "indispensável, imprescindível e fundamental que a voz da vítima seja preponderante em casos desta natureza".