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Flickr/CBF
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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recebeu na última quinta-feira (19) uma nova denúncia de assédio de uma ex-funcionária contra o presidente afastado Rogério Caboclo. Essa é a terceira acusação contra o dirigente, a segunda protocolada na entidade. As informações são do colunista Diego Garcia do UOL.

Nesta nova denúncia, a mulher aponta diversas situações constrangedoras com Caboclo dentro da sede da CBF, no Rio de Janeiro. Em um deles, ela o acusa de estar bêbado e por a mão entre as pernas dela, "tentando enfiar por dentro da calcinha".

Ela conta que o dirigente bebia em horário comercial. Em um desses momentos, às 15h15, Caboclo abriu uma garrafa de vinho e chegou oferecer para a mulher, que recusou. Ele teria ingerido a bebida e, em seguida, após colocar roupas inadequadas para uma reunião de trabalho, teria cometido um ato de assédio sexual.

A denunciante também diz na denúncia que recebeu ligações e mensagens inadequadas do cartola durante a madrugada. Em uma delas, em junho deste ano, ele queria falar sobre sexo pelo telefone.

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A ex-funcionária relata que os assédios eram conhecidos dentro da empresa, mas quem sabia se omitia. "Pessoas importantes sabem dessa história, pessoas importantes presenciaram o assédio, e nunca fizeram nada para me ajudar. Pelo contrário, o comentário nos corredores da CBF era que eu 'era do chefe'".

A primeira acusação, em junho deste ano, gerou o afastamento de Caboclo da presidência da CBF. Uma funcionaria teria relatado que foi constrangida e até xingada de “cadela” em viagens e reuniões. Em um destes episódios, teria forçado ela a comer um biscoito de cachorro.

A outra denúncia foi de assédio moral de Fernando França, o diretor de Tecnologia da Informação da entidade. Ele diz que Caboclo praticou "condutas ilícitas e repugnantes”.

Em nota, Caboclo afirmou que repudia as "acusações levianas e falsas lançadas contra ele e nega veementemente que tenha cometido atos que configurem assédio em relação à mencionada funcionária da entidade". Também diz que a funcionária recebeu proposta de dois diretores da CBF, Gilnei Botrel e Manoel Flores, para prejudicá-lo.

A CBF emitiu uma nota sobre as novas denúncias e explica como fica a situação na entidade: 

"A Confederação Brasileira de Futebol informa que, nesta data, o Vice-Presidente Ednaldo Rodrigues Gomes assume interinamente a Presidência da entidade.

Em reunião do Conselho de Administração da CBF realizada na manhã desta quarta-feira, 25 de agosto, com a presença dos oito Vice-Presidentes na sede da entidade, todos formalmente abriram mão de seu direito disponível de ocupar interinamente a Presidência da entidade em razão do afastamento temporário do Sr. Rogério Langanke Caboclo.

Como o Estatuto Social da CBF não prevê a forma de substituição do Presidente em caso de afastamento temporário, como o que presentemente ocorre, visto que tal substituição não está contemplada nas hipóteses do art. 61 (ausência, licença ou impedimento), nem tampouco na hipótese do art. 62 (vacância) e considerando que, uma vez afastado, o Presidente fica privado da prática de qualquer ato administrativo, todos os Vice-Presidentes da entidade – únicos possíveis substitutos – dispuseram formalmente de seu direito de substituição temporária em favor do Vice-Presidente Ednaldo Rodrigues Gomes, que assume interinamente a presidência.

Estiveram presentes os Vice-Presidentes Antônio Aquino, Antônio Carlos Nunes de Lima, Castellar Modesto Neto, Ednaldo Rodrigues, Fernando Sarney, Francisco Novelletto, Gustavo Dantas Feijó e Marcus Vicente."