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Flickr/CBF
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O Comitê de Ética da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recebeu uma terceira denúncia de assédio sexual contra o presidente afastado Rogério Caboclo. Dessa, vez, a autoria da denúncia foi de uma ex-funcionária. As informações são do Globo Esporte.

Anteriormente, ela já havia relatado o caso ao Ministério Público, quando relatou ter sofrido assédio em uma viagem a trabalho para Madri, na Espanha. Para a CBF, a mulher apresentou novos detalhes. 

A funcionária contou ao Comitê de Ética que reservou quartos de hotel para mulheres que não eram a esposa do então presidente. Um dos episódios foi durante a Copa América de 2019, realizada na Brasil. Na época, o dirigente estava em São Paulo e ela teve que ir até a recepção do hotel buscar a visitante, que não estava previamente autorizada.

Ainda de acordo com o depoimento da funcionária, naquela mesma noite, Caboclo enviou uma mensagem de voz na secretária eletrônica do quarto dela. Não foi possível entender o que ele falava, mas foi possível ouvir a acompanhante interagindo com ele de maneira íntima.

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Em outra oportunidade, numa viagem para a Suíça, Caboclo a chamou para reunião no quarto dele. Ao invés de falar sobre trabalho, ele só conversava sobre assuntos pessoais.

Além disso, ela também relatou que Caboclo trabalhava alcoolizado, tanto na sede da CBF, no Rio de Janeiro, quanto em viagens.

A funcionária responsável pela terceira denúncia contra o dirigente deixou de trabalhar na CBF em dezembro de 2019. Sua saída ocorreu após Caboclo não autorizar uma transferência de área dentro da empresa. Segundo a denúncia, o cartola disse que ela trabalhava para ele, e não para a CBF.

A Assembleia Geral da CBF já ratificou, por decisão unânime, a suspensão de Rogério Caboclo até março de 2023 devido a primeira denúncia de assédio. A Comissão de Ética ainda investiga uma outra denúncia de assédio moral apresentada por um diretor da entidade.

Defesa de Caboclo

A defesa do dirigente emitiu uma nota se defendendo das acusações e afirma que Caboclo não cometeu assédio contra nenhuma funcionária da CBF.

"O presidente da CBF, Rogério Caboclo, não cometeu crime de assédio contra nenhuma funcionária da entidade. E nem mesmo a denunciante narra conduta que configura assédio. Infelizmente, Marco Polo Del Nero e seus comparsas armaram um golpe sem precedentes para retomar o controle do futebol brasileiro.

Esse grupo, que articula na instância administrativa para manter Rogério Caboclo afastado, não aceita o fim dos privilégios e esquemas que perduravam há muito tempo na CBF. O Conselho de Ética, que funciona como um verdadeiro tribunal de exceção, tem atuado com clara parcialidade ao longo do processo de afastamento e todas as decisões tomadas foram ilegais ou nulas, como ficará provado".