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O basquetebol foi criado em 1891 nos Estados Unidos, no estado de Massachusetts. A ideia inicial era ter um esporte que pudesse ser praticado dentro de lugares fechados, por conta do frio, e que também fosse menos agressivo que o futebol americano. O primeiro registro de uma partida oficial de basquete ocorreu em 1892.

Em 1936, nos jogos de Berlim, tornou-se um esporte olímpico. Porém, no primeiro momento, apenas os homens podiam jogar. As mulheres estrearam no basquete como modalidade olímpica em 1976, nos jogos de Montreal.

Durante todo esse período, os Estados Unidos foram o país em que o esporte era mais praticado. A primeira liga profissional americana surgiu em 1898, mas os torneios oficiais ganharam maior visibilidade a partir da consolidação da NBA como liga profissional soberana dos Estados Unidos em 1976, após a ABA (American Basketball Association) abandonar as competições.

Nas décadas de 60 e 70, o estilo de jogo praticado era de uma partida mais lenta, com menos movimentação e muita disputa dentro do garrafão. Já nessa época, grandes nomes do basquetebol mundial começaram a surgir. Bill Russell e Wilt Chamberlain eram pivôs e são considerados até hoje como dois dos maiores e mais dominantes jogadores do basquete americano. Chamberlain, por exemplo, é o único jogador a fazer 100 pontos em uma partida e Bill Russell foi o protagonista da dinastia do Boston Celtics na década de 60, levando o time a 11 títulos de NBA. 

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Entretanto, há o questionamento se os dois astros teriam o mesmo rendimento nos dias de hoje, dadas as características do jogo de basquete atualmente. Em entrevista ao site da TV Cultura, o narrador esportivo Gil Arruda falou sobre essa questão. “Eu acho que eles entraram para história por conta do talento de ambos. Eu tenho curiosidade para ver como eles renderiam no basquete atual, mas não dá para duvidar desses dois”, brinca.

A década de 80 marcou a estreia do maior jogador de basquetebol de todos os tempos. Na temporada 1984-85, Michael Jordan fez sua estreia na NBA pelo Chicago Bulls e foi eleito o calouro do ano. No ano seguinte, Jordan sofreu uma fratura no pé esquerdo e ficou fora das quadras por muito tempo. A partir da temporada 1986-87, ele começou a escrever seu legado. Quando estreou, a liga ainda tinha fortes características de um jogo de força e altura. Então, Michael Jordan impressionava a todos com sua espetacular capacidade de salto, provando que grandes "jump-shooters'' podem ganhar tanto os títulos de cestinha quanto a própria NBA. Ele fez parte, para muitos, do maior time de basquete de todos os tempos, o Chicago Bulls da década de 90

A equipe do lendário Phil Jackson revolucionou a forma de jogar basquetebol com o famoso “ataque triângulo”. Esse sistema consistia em dar liberdade ofensiva aos jogadores e era imprescindível que os atletas na fase ofensiva atacassem a cesta para criar opções de passes e possibilidades de definição. A partir dessa ideia, a dupla Michael Jordan e Scottie Pippen conduziu os Bulls a seis títulos de NBA. No período, as incríveis enterradas de Michael Jordan começaram a ser mais frequentes e passaram a inspirar outros atletas a buscar essas jogadas. Inclusive, as enterradas se consolidaram como forma de jogo até os dias de hoje e são cada dia mais exploradas, fazendo parte até de desafios nos finais de temporada. Dessa forma, o Chicago Bulls de 90 trouxe mudanças importantes para a forma de jogo e marcou uma revolução no esporte.  

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Nos anos 2000, as alterações trazidas se consolidaram e aos poucos quem não praticava as novas ideias de jogo ficava para trás. O jogador que mais marcou a década, Lebron James, foi draftado em 2003 pelo Cleveland Cavaliers, isso acontece quando o atleta é contratado por um clube após se destacar no cenário universitário. Em sua primeira temporada profissional foi eleito o melhor calouro da liga. Com um estilo de jogo de infiltração agressiva e um ótimo aproveitamento nos arremessos de média e longa distância, King James se mostrou um jogador completo. Em 2010, James seguiu para o Miami Heat e se juntou a Dwyane Wade e Chris Bosh para conquistar seu primeiro título de liga no ano de 2012. O americano além de ser tetracampeão da NBA, também é o segundo maior pontuador da história da liga, atrás apenas do pivô Kareem Abdul-Jabbar, que fez história pelo Milwaukee Bucks e pelos Lakers. 

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Porém, o segundo grande impacto de estilo de jogo veio com o Golden State Warriors liderados pelo armador Stephen Curry. Treinados por Steve Kerr, ex-companheiro de Michael Jordan no Chicago Bulls, os Warriors mudaram novamente a forma de se enxergar o basquetebol. Kerr implementou a ideia de cada vez mais os jogadores arremessarem bolas da zona de três pontos, sem precisar gastar muito tempo para armar jogadas que colocassem os atletas a uma distância curta da cesta. Os comandados de Steve Kerr foram apelidados de “atiradores de elite” exatamente pela característica de arremessos de longa distância. 

Em entrevista ao site da TV Cultura, o treinador da seleção brasileira sub-18, Vitor Galvani afirmou que a segunda grande revolução da forma como se jogava basquete foi com os Warriors. “Essa segunda revolução foi com o Curry e os Warriors por volta de 2015. A partir daquele ano, todo mundo viu que realmente essa era a tendência do jogo. Chutar mais bolas de três.” Para o treinador, o aspecto do jogo que mais evoluiu ao longo do tempo foi a versatilidade dos jogadores. “Eu acredito que a versatilidade dos atletas têm se mostrado um fator decisivo para equipes bem sucedidas. O principal exemplo é o próprio Golden State Warriors. Os jogadores se movimentam muito e conseguem jogar perto da cesta, longe da cesta, marcar de perto, de longe e seguem desempenhando bem.” A principal característica dos Warriors se consolidou ainda mais através de Stephen Curry. O americano é o atleta com mais cestas de três da história da NBA e seu estilo de jogo serve de inspiração para a maioria dos jovens atletas. Curry já é um dos jogadores mais influentes da história da liga, pois conseguiu provar que é possível ser eficiente a partir da distância da linha de três. Nessa faixa, ele é o jogador mais eficiente da NBA.  

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Na opinião de Gil Arruda, as ideias atuais de jogo devem permanecer em alta por muito tempo. “Todos estão se adaptando a essas novas ideias. Além disso, esses ingredientes têm sido fundamentais para a expansão da liga para outros lugares do mundo. Por isso, acho muito difícil que haja uma nova revolução em breve”, conclui o narrador.

Aos fãs do basquetebol moderno fica a tranquilidade de que o modelo de jogo atual deve continuar sendo praticado por um bom tempo.