Esporte

Acusados de manipulação, jogadores do Juventude ligaram para o apostador de dentro do vestiário

No documento apresentado pelo MP-GO, há fotos de Gabriel Tota e Paulo Miranda conversando com Bruno Lopez, chefe da quadrilha


10/05/2023 06h57

O meia Gabriel Tota e o zagueiro Paulo Miranda, que são acusados de manipulação, chegaram a fazer de dentro do vestiário do Juventude uma chamada de vídeo com o chefe do esquema. O clube terminou o ano rebaixado para a Série B.

A comprovação está na denúncia de 113 páginas apresentada pelo Ministério Público de Goiás e que foi aceita nesta terça-feira (9) pela Justiça de Goiás. No documento, há fotos de Tota e Paulo Miranda conversando com Bruno Lopez, apontado pelos investigadores como o chefe da quadrilha.

A ligação ocorreu na tarde de 16 de outubro de 2022, às 16h44, um pouco antes da partida entre Juventude e Atlético-GO (que começaria às 18h), no estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul.

Segundo as investigações, naquele momento, a quadrilha havia conseguido manipular o jogo da equipe contra o Palmeiras, no dia 10 de setembro de 2022, derrota por 2 a 1.

O lateral esquerdo Moraes, também do Juventude, foi inicialmente acusado de participar do esquema, mas fez um acordo com o Ministério Público e se tornou testemunha do caso. Na denúncia aceita pela Justiça de Goiás nesta terça-feira constam comprovantes de pagamentos feitos pelos apostadores aos três jogadores que defenderam o Juventude em 2022.

Gabriel Tota e Paulo Miranda agora são réus acusados de terem violado o artigo 41-C do Estatuto do Torcedor (“solicitar ou aceitar, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem patrimonial ou não patrimonial para qualquer ato ou omissão destinado a alterar ou falsear o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado”).

Leia também: Neta de Rita Lee se despede com fotos raras: “Obrigada por ter sido minha vó”

"No time da inclusão, não existe competição", diz idealizador de projeto para torcedores autistas do Fortaleza

Se forem condenados, a pena pode chegar a ser de dois a seis anos de reclusão, além do pagamento de multa.

Em relação ao caso, o Juventude emitiu a seguinte nota

"O Esporte Clube Juventude, em respeito à sua história, aos seus associados, atletas, funcionários e milhares de torcedores, vem a público reiterar o seu compromisso ético e a sua absoluta intransigência em relação a qualquer comportamento que fira a lisura e a transparência que devem nortear a prática e as competições esportivas em todos os níveis. Em quaisquer circunstâncias, repudiamos veementemente qualquer tentativa ou atos que visem manipular resultados no esporte.

É inadmissível, e por todas as formas condenável, condutas ilícitas, antiéticas, imorais e antidesportivas, inaceitáveis em qualquer nível. Com essa convicção, O Esporte Clube Juventude, em face das recentes publicações divulgadas na imprensa relacionadas à “Operação Penalidade Máxima”, citando nominalmente três atletas que atuaram pelo Clube em 2022, e que atualmente estão vinculados a outras agremiações, como investigados na referida operação, reitera o seu firme posicionamento de colaborar com as autoridades responsáveis pelas investigações, para que os fatos sejam regularmente apurados e os responsáveis identificados e responsabilizados na forma e no rigor da lei."

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Secretaria de Saúde de SP dá dicas para evitar intoxicação infantil durante as férias

EUA receberam informações de plano iraniano para assassinar Donald Trump; Irã nega

Aeroporto de Porto Alegre será reaberto em outubro, diz ministro

Militares custam 16 vezes mais à União do que aposentados do INSS, revela TCU

Concurso TSE Unificado: calendário das provas é alterado; veja mudanças