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Caso Vini Jr.: Lula cita racismo contra brasileiro na ONU e afirma que crime é ‘imperdoável’

Em anúncio em Fórum de Afrodescendente, presidente brasileiro afirma que é necessário acabar com o ciclo de violência


31/05/2023 16h40

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou uma mensagem para o Fórum de Afrodescendente da ONU (Organização das Nações Unidas) nesta quarta-feira (31) e citou o caso do atacante Vinicius Júnior. Na visão dele, os casos contra o brasileiro são imperdoáveis e é necessário acabar com o ciclo de violência.

“A lição que podemos tirar desse imperdoável episódio é que se Vini Jr., um jovem de 22 anos, é capaz de se insurgir contra multidões hostis, não resta dúvida de que podemos e devemos fazer mais para interromper o circuito desumanizador de violência”, disse o presidente.

Além dele, a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial) discursou presencialmente no evento e afirmou que é necessário uma reparação.

“Só coexistiremos quando séculos de racismo sistêmico forem reparados”, discursou.

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A postura de Vini Jr., um profissional de destaque no meio onde trabalha, provoca, de acordo com o jurista Adilson José Moreira, de pânico racial.

“Esse termo, designa um sentimento comum entre pessoas brancas que percebem a ascensão social ou qualquer forma de protagonismo de pessoas não brancas como um perigo, como uma ameaça ao status social privilegiado que elas sempre tiveram”, afirma Moreira.

Os casos de racismo no ambiente de trabalho, além de criminoso, podem causar enormes problemas para a saúde das pessoas. Uma das principais é o Burnout Racial, uma condição desenvolvida no meio empresarial. Os sintomas mais comuns são insônia, ansiedade, episódios de pânico e pesadelos.

“São algumas reações físicas do corpo que está se sentindo ameaçado. está diante de um perigo em potencial. (...) é especialmente deprimente quando as denúncias de racismo não recebem o estatuto jurídico necessário para o enfrentamento deste problema”, explica o psicólogo Lucas Moreira.

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