Delegado diz que flamenguista admitiu ter atirado garrafa que matou palmeirense
Leonardo Felipe Xavier Santiago foi preso em flagrante e responderá por homicídio doloso de Gabriela Anelli
10/07/2023 18h22
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (10), o delegado César Saad, do Departamento de Operações Policiais Estratégicas, informou que o torcedor do Flamengo admitiu ter atirado a garrafa responsável pelo morte da palmeirense Gabriela Anelli.
Mais cedo, o delegado confirmou que Leonardo Felipe Xavier Santiago, que já está preso, irá responder pelo crime de homicídio doloso, quando há a intenção de matar.
“Ele assume que atirou a garrafa. Não diz que foi em direção a Gabriela. Diz que era um confronto entre as torcidas, ambas arremessavam, e que ele havia, sim, arremessado uma garrafa”, explicou a autoridade.
Segundo o Boletim de Ocorrência, Santiago, flamenguista de 26 anos, atirou a garrada quando a divisória das torcidas, localizada na rua Padre Antônia Tomás, estava aberta. Normalmente, esse local ficaria fechado, mas precisou de um espaço para a passagem de uma viatura da Guarda Civil Metropolitana.
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“Todas as imagens, provas testemunhais, tudo que foi colhido desde sábado até o presente momento, depois da morte da Gabriela, apontam o seguinte. Por volta de 17h45, algumas vans com torcedores do Flamengo, não organizados, comuns, chegaram ao portão que dá acesso à torcida visitante. Neste momento, começa uma discussão entre torcedores do Palmeiras, que já estavam nos arredores do Allianz Parque, comuns também, que passam a se xingar”, relatou o delegado.
“Existe um portão que faz a divisória da rua. Naquela divisória, passam-se, além de xingamentos, torcedores arremessando garrafas. Rapidamente dá para ver que a Gabriela cai no chão, depois fomos entender que ela foi atingida por um estilhaço. O portão estava com uma parte aberta, e foi possível identificar o autor do arremesso da garrafa. Ele foi detido. Foi lavrado o flagrante de homicídio, depois a prisão preventiva. Hoje, Gabriela faleceu vítima do corte no pescoço”, completou.
As autoridades também esclareceram que a morte de Gabriela não teve qualquer relação com uma briga entre torcedores e a Polícia Militar na rua Caraíbas. Devido a confusão, o jogo foi interrompido duas vezes devido o gás de pimenta usado no confronto.
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