Esporte

Carlinhos Bala quer evoluir de "Rei" para "Dono de Pernambuco" com título de futebol americano no Brasil

Com passagens marcantes por Santa Cruz e Sport, novo kicker do Recife Mariners ainda está se habituando ao novo esporte; "Achava que era só dar o pontapé inicial"


14/08/2023 16h41

Na última quinta-feira (10) a equipe pernambucana de futebol americano Recife Mariners fez um anúncio no mínimo inusitado nas suas redes sociais. Carlinhos Bala, ex-futebolista com passagens marcantes por Santa Cruz, Náutico e Sport, foi contratado como kicker do time.

Ao site da TV Cultura, o novo atleta do Recife Mariners falou sobre as expectativas na nova modalidade. Segundo Carlinhos, o novo desafio surgiu como uma brincadeira com um amigo que gostava do esporte.

Ele falou que ia me colocar pra treinar como kicker (...) eu disse que aceitava, mas falei brincando”, diz o ex-atacante.

Quando menos esperava, o amigo acionou contatos e costurou uma vaga para Carlinhos como "chutador" na equipe de Recife. “Não sou de correr. Aceitei o desafio”, conta.

Carlinhos Bala já fez seu primeiro treino na última quinta, mesmo dia do anúncio, para se acostumar com a nova bola que terá que chutar. A expectativa é que ele seja relacionado para o próximo jogo da equipe, contra o Carrancas, neste domingo (20), na Arena Pernambuco, pela fase de grupos da Liga Brasileira de Futebol Americano.

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“Dono de Pernambuco”

Se engana quem pensa que Carlinhos Bala não está levando o novo desafio a sério. Antes mesmo de estrear, o novo kicker de futebol americano já fala em figurar entre os melhores da posição no Brasil. “Agora, estou motivado. Estou pensando até em chegar na seleção brasileira”, revela.

Por ter passado pelos três principais clubes do estado (Santa Cruz, Náutico e Sport), Carlinhos ganhou o apelido de “Rei de Pernambuco”. Além de vários campeonatos estaduais, em 2008, ganhou a Copa do Brasil com o Leão do Norte, marcando gol no segundo jogo da final contra o Corinthians.

Reprodução | Instagram @carlinhosbala11oficial

Já fui campeão nacional, com a Copa do Brasil. Imagina agora ser campeão de futebol americano? Aí não vou ser mais o ‘Rei de Pernambuco’, vou ser o ‘Dono de Pernambuco’”, brinca o atleta.

O último time de futebol que o ex-jogador defendeu foi o Barreiros, também de Pernambuco, em 2021.

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Acompanhava futebol americano por causa do “marido da Gisele Bündchen”

Carlinhos conta que nunca foi o maior fã de futebol americano. O pouco que acompanhava pela televisão, segundo ele, era para ver o quarterback sete vezes campeão do Super Bowl, Tom Brady. A quem ele se refere como “marido da Gisele”.

Vale lembrar que a modelo brasileira Gisele Bündchen e o quarterback norte-americano que fez história nos Patriots se divorciaram em 2022, após 13 anos de casamento.

Outra coisa que ajudou o atleta a entender mais sobre o esporte foi o filme ‘Desafiando Gigantes’, de 2006.

Como não era um expert na modalidade, o ex-atacante ainda tinha dúvidas sobre algumas fases do jogo, mas isso não fez com que ele desistisse do desafio. “Achava que [a função de kicker] era só para dar o pontapé inicial. Mas vou ter que participar do jogo (...) é meio difícil entender [o futebol americano]”, revela.

No futebol americano, o kicker tem a função de chutar a bola em situações de jogo como a oportunidade de ponto extra (após um touchdown), punt ou a tentativa de um field goal. O ponto extra e o field goal se concretizam quando o kicker consegue chutar a bola entre a trave do campo.


Esporte 100% diferente

Carlinhos Bala vai encontrar um ambiente bem diferente na nova modalidade. Apesar dos dois esportes serem conhecidos como “futebol”, as diferenças vão desde o formato da bola até o biotipo dos atletas.

Quando o atacante campeão da Copa do Brasil de 2008 compara sua altura de 1,62m com outros companheiros de equipe, brinca que “pensa em desistir” da nova empreitada.

A princípio dá medo, é um esporte com uns caras que têm muita força, os caras são tudo grandão e eu pequenininho”, diz Carlinhos.

Além de ficar inicialmente intimidado com o tamanho dos jogadores, o ex-futebolista também sentiu a diferença nos equipamentos do uniforme. Antes preocupado apenas com chuteiras e caneleiras, agora, o “Rei de Pernambuco” terá que se habituar a diversos outros acessórios de proteção.

Ter que jogar com sete quilos no corpo, com ombreira, capacete… meu irmão… é difícil”, comenta o novo kicker.

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