Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Reprodução/Instagram @helenaseveribjj
Reprodução/Instagram @helenaseveribjj

A jovem Helena Severi, de apenas 9 anos, vem se destacando no cenário do jiu-jitsu brasileiro. Em entrevista ao site da TV Cultura, a paulista contou um pouco de sua pequena e vitoriosa trajetória no esporte.

Natural da Zona Leste de São Paulo, mais especificamente na comunidade do Pira, no bairro da Penha, a fã de “Naruto”, anime e mangá japonês de luta, deu seus primeiros passos no jiu-jitsu aos 6 anos, quando acompanhava o pai, Diego Silva, que sempre praticou o esporte.

Leia mais: Votação elege maior nome da história da Copa Libertadores

“Eu trabalhava das 10h às 22h no shopping, e a mãe dela trabalhava de manhã. Então, desde muito nova, ela ia para o ginásio comigo. Quando ela começou a andar, eu já coloquei ela para praticar”, afirma Diego Silva.

Apesar do grande destaque no cenário atual, Helena não começou vencendo. Nas suas duas primeiras competições, ela foi eliminada na primeira fase e foi aí que Diego percebeu o amor da filha pelo esporte. “Ela foi eliminada na primeira luta por duas vezes, chorou bastante mas quis competir novamente”.

Helena Severi soma em seu currículo 2 Brazilian Champion, 1 European Kids, 2 South American Champion e 2 Paulista Champion. “Eu quero mais, não quero parar por aí. Toda vez que eu luto sinto aquele friozinho na barriga antes de entrar no tatame”, conta a menina.

Com apenas 9 anos, Helena tem uma rotina agitada: com escola, inglês, treinamentos e competições. Apesar da correria, ela diz que ama o que faz. “É corrido, mas é o que eu realmente quero. Imagino que muita gente critica meus pais, mas isso é meu sonho também. Amo competir”.

Inspiração no desenho japonês

A relação dos atletas com desenhos, filmes, séries, jogos e outras artes da cultura pop é bastante comum, e com Helena não é diferente. A jovem tem como inspiração o anime e mangá “Naruto”, escrita e ilustrada por Masashi Kishimoto, que conta a história de Naruto Uzumaki, um jovem ninja que constantemente procura por reconhecimento e sonha em se tornar Hokage, o ninja líder de sua vila.

“Eu assisto o anime desde pequena porque meu pai é um grande fã. O Naruto é minha maior inspiração, ele enfrentou muitos desafios para se tornar Hokage. Todos desacreditavam e zombavam dele, mas ele nunca desistiu de seu sonho”.

A atleta diz que entre as séries “Naruto clássico” e “Naruto Shippuden” prefere a primeira animação. “Eu prefiro quando eles ainda são crianças, no Shippuden muitos personagens importantes morrem e isso me deixa muito triste”.

Em busca de apoio e patrocinadores

A vida de atleta no Brasil não é fácil, jiu-jitsu é um esporte caro e requer muita disponibilidade financeira para chegar no topo e principalmente se manter. Através de uma vaquinha online, realizada no ano passado, Helena conseguiu ir para Irlanda disputar o European Kids, onde conseguiu trazer a medalha de ouro para o Brasil.

Neste ano, a brasileira vai em busca do bicampeonato e novamente está realizando uma vaquinha online. “Eu e minha família não temos condições de arcar com todos os custos do meu dia a dia e estou à procura de patrocínios que acreditem em meus sonhos e possamos caminhar juntos”, disse Helena.

Clique aqui para ajudar

Com um início avassalador no esporte, o pai da jovem afirma que apesar da fama, Helena mantém os pés no chão e não deixa as vitórias subirem à cabeça.

Helena não competiu na última edição do ADCC Brasil Open, maior competição de jiu-jitsu sem kimono, por não estar com boas notas na escola. “Era o sonho dela lutar essa competição, eu cheguei a pagar a participação dela mas ela não foi. Ela precisa entender que a educação é mais importante que qualquer titulo”.

“Eu sempre coloco ela no lugar dela. Assim que ela sai do tatame a vida volta ao normal, com a escola, o inglês, os treinamentos e os deveres da casa. Busco sempre mostrar exemplos de crianças talentosas que acabaram se perdendo por conta da soberba”, finaliza Diego Silva.

Leia também: Marcelo pode entrar para grupo dos que ganharam Champions e Libertadores; veja lista