Ednaldo Rodrigues se tornou na última quinta-feira (7) mais um presidente da CBF destituído. Antes do baiano, Ricardo Teixeira, Marco Polo Del Nero e Rogério Caboclo não chegaram até o fim dos mandatos para os quais foram eleitos inicialmente.
Leia mais: Confira os destaques do esporte da TV Cultura neste fim de semana
A saída de Ednaldo da presidência vem em um momento no qual ele coleciona insatisfeitos entre figurões (alguns banidos) que rondam o futebol. Nomes como os ex-presidentes Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero, afastados sob acusações de corrupção.
Segundo o blog do jornalista Jorge Nicola, do portal R7, Ednaldo Rodrigues tem a convicção que sua destituição foi promovida por Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero.
Ainda de acordo com o blog, Ednaldo se vê vítima de um complô depois de contrariar muitos interesses e arrumar diversos confrontos com os dois ex-presidentes.
Entenda o caso
O afastamento é referente a um questionamento na Justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre a realização de uma Assembleia Geral da entidade que alterou regras para as eleições. A decisão aconteceu sem participação dos clubes, o que gerou a reclamação do MP.
Sob esse regulamento, Rogério Caboclo foi eleito presidente da CBF, com mandato que iria de abril de 2019 a abril de 2023. Caboclo foi afastado do cargo após denúncias de assédio.
Em julho de 2021, com Caboclo fora da presidência, a Justiça do Rio de Janeiro anulou sua eleição, assim como dos vices, e determinou uma intervenção na entidade.
Reinaldo Carneiro Bastos e Rodolfo Landim, presidentes da Federação Paulista de Futebol e Flamengo, respectivamente, foram os interventores nomeados. No entanto, poucos dias depois, a decisão foi anulada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Ainda em 2021, Ednaldo Rodrigues foi nomeado pelos vice-presidentes da entidade como presidente interino, até a conclusão do mandato de Caboclo, que terminaria em 2023.
Quase um ano depois, em março do ano passado, Ednaldo e o Ministério Público do Rio de Janeiro assinaram um TAC que criava novas regras eleitorais e, em teoria, deveria extinguir a ação que culminou em intervenção na CBF.
Ednaldo foi eleito presidente sob o novo regulamento e alguns vice-presidentes da entidade contestaram a assinatura do acordo com o MP. Segundo eles, Ednaldo não poderia assinar o TAC por ser, à época, presidente interino da instituição Segundo este entendimento, ele poderia se beneficiar do acordo para se candidatar.
De acordo com publicação do portal ge, a CBF se defende dizendo que pelas regras jurídicas, pela jurisprudência, pela doutrina, pelo histórico de decisões acertadas do TJ do Rio, “esperamos que a ação seja declarada prejudicada”.
Leia também: Real Madrid parabeniza Endrick após conquista do Brasilerão
REDES SOCIAIS