Daniel Alves é condenado a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual
Defesa do brasileiro irá recorrer à decisão anunciada nesta quinta-feira (22)
22/02/2024 08h46
Daniel Alves, ex-jogador da Seleção Brasileira, foi condenado a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual. De acordo com a advogada de defesa Inés Guardiola, eles irão recorrer, mas enquanto isso, ele segue preso.
A decisão foi anunciada pelo Tribunal de Barcelona na manhã desta quinta-feira (22), duas semanas após o término do julgamento. Ao prestar depoimento há alguns dias, ele chorou e negou a ação, além de afirmar que a relação com a denunciante foi consensual, enquanto ela reiterou que foi estuprada e agredida.
A sentença considera provado que "o acusado agarrou bruscamente a denunciante, derrubou-a no chão e, impedindo-a de se mover, penetrou-a vaginalmente, apesar da denunciante dizer que não, que queria ir embora". E entende que "com isso se configura a ausência de consentimento, com o uso de violência e com acesso carnal".
O crime está previsto no Código Penal da Espanha e está tipificado no artigo 178: "Quem atacar a liberdade sexual de outra pessoa, recorrendo à violência ou à intimidação, será punido como responsável por agressão sexual com pena de prisão de um a cinco anos".
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A juíza Isabel Delgado também ordenou que após o brasileiro cumprir a pena, tenha liberdade supervisionada por cinco anos, fique afastado da mulher por nove anos e pague uma indenização de 150 mil euros (cerca de R$ 804 mil). Ele também deve pagar as custas do processo.
Entenda o caso:
No dia 30 de dezembro de 2022, Daniel Alves estava com amigos na boate Sutton, um local conhecido por ser um ambiente luxuoso e frequentado por "clientes sofisticados".
De acordo com relatos publicados pela imprensa espanhola, a vítima contou que estava no local quando o grupo do qual fazia parte recebeu um convite para entrar numa área VIP. Um garçom as levou até uma mesa onde o atleta estava, que ela inicialmente não reconheceu.
Segundo os jornais, ela relatou à Justiça que os dois dançaram juntos até que ele "levou várias vezes a mão dela até seu pênis, que ela retirou assustada". Por volta das 4h30 da madrugada, pediu a ela para segui-lo até uma porta, mas assim que entraram, se deu conta que estava num banheiro, onde a agressão sexual teria ocorrido.
A primeira vez que o jogador se pronunciou sobre o caso foi durante uma entrevista a um programa de TV espanhol, quando negou as acusações. No entanto, poucos dias depois, mudou a versão e confirmou que teve uma relação sexual com a jovem.
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Uma policial que atendeu a vítima tinha uma câmera de segurança acoplada ao uniforme, que registrou imagens da jovem chorando inconsolavelmente ainda dentro da casa noturna. Na filmagem, também é possível vê-la prestar os primeiros depoimentos aos agentes.
A denúncia contra ele veio dois dias depois. Imagens das câmeras de segurança da boate confirmam que o lateral ficou cerca de 15 minutos trancado dentro do banheiro com ela. Três semanas depois, a prisão preventiva foi solicitada pelo Ministério Público e, desde então, o brasileiro encontra-se numa penitenciária perto de Barcelona.
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