Patrocinadora notifica Corinthians por cláusula anticorrupção e ameaça rescindir contrato
O contrato entre o clube e a VaideBet tem validade até o fim de 2026 e prevê o pagamento de R$ 370 milhões
04/06/2024 14h29
A VaideBet, patrocinadora máster do Corinthians, enviou notificação extrajudicial ao clube na qual cita uma cláusula anticorrupção no contrato entre as partes e volta a falar sobre a possibilidade de encerrar a parceria com o time.
No documento enviado no último dia 27, a casa de apostas diz que “a vinculação do nome da VaideBet com o presente escândalo envolvendo a diretoria do Corinthians e a intermediadora tornam a presente relação contratual excessivamente onerosa para o patrocinador, na medida que vincula a marca a uma situação negativa, causando desprestígio, potencial prejuízo e risco de baixo retorno do investimento realizado na entidade desportiva”.
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O escândalo ao qual a empresa se refere é a denúncia feita pelo jornalista Juca Kfouri de que a Rede Social Media Design, empresa que intermediou o contrato de patrocínio, repassou parte do valor recebido em comissão a uma empresa "laranja", chamada Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda.
Ela estaria em nome de Edna Oliveira dos Santos, uma mulher residente de Peruíbe, no litoral sul de São Paulo, que nem sequer saberia da existência da empresa.
Na notificação, a companhia informa que os fatos narrados representam efetiva violação da cláusula anticorrupção do contrato de patrocínio e dá 10 dias para que o Corinthians apresente explicações sobre o caso. A Polícia Civil está investigando o caso e o tema também é apurado pelo Conselho Deliberativo do Timão.
O contrato entre o clube e a VaideBet tem validade até o fim de 2026 e prevê o pagamento de R$ 370 milhões. Até o momento, o clube recebeu R$ 60 milhões.
O time se manifestou publicamente sobre o caso por meio de nota oficial no mês passado, na qual reafirmou "que todas as negociações, incluindo patrocínios, se deram de forma legal com empresas regularmente constituídas. O clube destaca que não guarda responsabilidade sobre eventuais repasses de valores a terceiros. Caso sejam apresentadas quaisquer provas de ilícitos, estes serão discutidos junto ao Conselho Deliberativo para providências que se fizerem necessárias".
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