Presidente da Mancha, torcida do Palmeiras, renuncia ao cargo e defesa diz que ele se entregará à polícia

O presidente da Mancha Alviverde, torcida organizada do Palmeiras, Jorge Luís Sampaio Santos, renunciou ao cargo nesse domingo (8). Ele está foragido e o comunicado foi emitido pela organizada.

Ele é acusado de participar de uma emboscada contra torcedores do Cruzeiro e teve um mandado de prisão temporária decretado pela Justiça. Segundo informações do g1, a defesa de Jorge disse que ele deve se entregar à polícia nesta quinta–feira (12).

Na emboscada, que aconteceu em 27 de outubro, um integrante da Máfia Azul, torcida organizada do Cruzeiro, morreu e outros 17 ficaram feridos.

Em nota, a defesa disse que o agora ex-presidente da Mancha acredita "no Poder Judiciário e em sua capacidade de garantir sua integridade física, segurança e direitos fundamentais" e diz que "as suspeitas levantadas pela Polícia Civil não correspondem à realidade".

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Em uma carta dirigida à torcida, Jorge Santos argumenta que seu afastamento "é necessário não apenas para preservar" a sua família, mas também para que possa se "dedicar exclusivamente" a sua defesa e provar sua inocência". Veja abaixo a carta na íntegra:

À Mancha Alviverde,

Nos últimos três anos, orgulhosamente ocupei o cargo de presidente do Grêmio Recreativo e Cultural Torcida Mancha Alviverde, uma organização histórica com mais de 90 mil sócios que realiza inúmeros projetos sociais e se dedica incansavelmente a promover a união no futebol.

Devido aos acontecimentos recentes, contudo, não posso mais continuar. Comunico a todos que renuncio à presidência dessa valorosa torcida, cujos interesses estão acima de qualquer ato isolado. Meu afastamento é necessário não apenas para preservar minha família, mas também para que eu possa me dedicar exclusivamente à minha defesa e provar minha inocência.

Jorge Luís Sampaio Santos

Na semana passada, a Polícia Civil realizou uma operação e conseguiu prender 10 palmeirenses envolvidos no caso. Outros três, incluindo Jorge Luis, continuam sendo procurados. Dois palmeirenses já estavam detidos e mais cinco, que não foram alvo daquela operação, também estão foragidos. Com isso, o total de presos chega a 12 e o de foragidos, a 8.